segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

3ª São Silvestre de Lisboa

Este ano a secção de atletismo do CLAC – Entroncamento esteve presente mais uma vez na São Silvestre de Lisboa, desta vez com uma grande comitiva (40 atletas) e claro que eu e a Otília não podiamos faltar à festa.
O ponto de encontro foi o Pavilhão Municipal do Entroncamento, e pelas 15h00 já todos estávamos no local para embarcar no autocarro gentilmente cedido pela câmara municipal do Entroncamento e rumarmos a Lisboa.
A viagem foi calma e sempre com boa disposição, já em Lisboa conseguimos encontrar um local para estacionar o autocarro bem pertinho do Campo das Cebolas, aproveitámos o momento para tirar uma foto de grupo e depois começamos com os preparativos para a prova.

No mesmo local onde estacionámos estava o Pára que não pára, ainda deu tempo para estar um pouco à conversa com o Joaquim Adelino e com a Susana, a quem desejo uma boa hora....
Este ano a prova tinha partida e chegada no Terreiro do Paço, pois o Rossio local de partida e chegada das edições anteriores já não tinha capacidade para albergar tantos atletas, penso que foi uma boa aposta (mas aquela curva logo à esquerda tem de ser revista).

Esta prova nocturna na distância de dez quilómetros é considerada por muitos como a melhor São Silvestre de Portugal, penso que em número de participantes não há dúvidas, relativamente ao circuito disputado no coração de Lisboa com passagem pela Praça do Comércio, Rua da Prata, Rossio, Restauradores, Rua do Ouro, Rua do Arsenal, Cais do Sodré, Av. Ribeira das Naus, Av. Infante D. Henrique, Campo das Cebolas, Avenida da Liberdade e Marquês de Pombal, terminando com passagem sob o Arco do Triunfo da Rua Augusta, penso que também é excelente, apenas a melhorar a iluminação (na Av. Ribeira das Naus) e o controlo na partida que este ano ainda estive pior que na edição anterior (como é possível atletas dos 3kms estarem no local de sub 40 min.).
A edição deste ano contou com mais de 3500 participantes (3567 chegados), entre eles os grandes nomes do atletismo nacional como Jéssica Augusto (campeã europeia de corta-mato), Dulce Félix (terceira classificada no Europeu de corta-mato), Anália Rosa (Vencedora Crosse Internacional de Oeiras), José Ramos (vencedor da São Silvestre do ano passado), Hermano Ferreira (melhor português na 13.ª Meia-Maratona de Lisboa) e Ricardo Ribas (vencedor Taça dos Clubes Campeões Europeus de Estrada em 2007). No sector masculino, o grande vencedor Hermano Ferreira, da Conforlimpa, foi o mais rápido terminando a prova em 29m15s, não permitindo que o seu colega de equipa José Ramos (29m50s) repetisse a vitória do ano passado, na terceira posição do pódio ficou Ricardo Mateus, do Sporting Clube de Portugal, com o tempo de 30m09s. No sector feminino Jéssica Augusto, em representação da Nike, revelou-se a mais forte, vencendo com o tempo de 31m52s, relegando Dulce Félix (33m07s), do Maratona Clube de Portugal para a segunda posição, Anália Rosa (33m48s), do Maratona Clube de Portugal completou o pódio feminino.

Os atletas do CLAC acalentavam resultados mais modestos, sendo assim aproveitaram o ambiente de festa e não deixaram passar esta oportunidade para queimar algumas das calorias acumuladas nos últimos dias e podem crer que para alguns as reservas necessitavam mais de 10kms para serem consumidas...hehehe

  (Reparem bem na cara o tipo, parece que ainda está com a curtir a noite...)
Para mim os objectivos para esta prova passavam por fazer uma marca abaixo dos 40 minutos, mas nos últimos dias os pecados alimentares foram vários.... parti na zona dos Sub 40 minutos,  mas rapidamente percebi que a coisa não ia ser fácil, sem grande possibilidade de fazer um aquecimento conveniente parti em ritmo moderado, a confusão era muita com caminhantes junto aos atletas da frente, ainda não tinha dado a volta à Praça do Comércio e já havia pessoas a trote.... só depois de ter passado os 2kms é que começou a haver mais liberdade para correr sem ter que andar aos zigs zags. Coloquei um ritmo abaixo dos 4'/km e fui sem forçar, pois conhecia a subida da A. da Liberdade.... já depois dos Restauradores e bem perto da Rotunda do Marquês tive que reduzir um pouco, mas depois na descida foi sempre a dar-lhe, no entanto os treinos longos, a ausência de treino específico (séries) e o tempo perdido na partida não me permitiram uma marca abaixo dos 40 minutos, terminei a minha S. Silvestre no 284º da geral, com o tempo de 40m55s (40m15s de tempo chip) ver aqui.

A prova da Otília também não foi fácil, efectuou a partida junto ao marcador dos sub 50 minutos mas o ritmo da partida foi demasiadamente lento, acabou por conseguir o 1547º da geral, com a marca de 52m34s (50m34s de tempo chip).

Para o próximo ano não sei se estarei presente, pois não me estou a ver a correr no dia 31 de Dezembro, mas nunca se sabe... já ouvi malta a dizer mal da Ultra Trail Serra da Freita no final da prova e no dia a seguir já diziam que no próximo ano lá estariam, por isso nunca se sabe....

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

27ª Meia Maratona Marinha Grande

No passado dia 1 de Dezembro, fui na companhia da Otília e de alguns companheiros do CLAC até à Marinha Grande, para participar na 27ª Meia Maratona local.

O dia estava fresco, mas não havia chuva nem vento, para mim estavam as condições ideais.
Á partida eu tinha como objectivo realizar uma marca abaixo da 1h30, mas como o início da prova foi demasiado rápido, a quebra apareceu aos 17kms e hipotecou tal marca.

Parti na companhia do Marçal, o ritmo escolhido foi ligeiramente abaixo dos 4'/km, sentia-me bastante bem e consegui manter um ritmo vivo até ao abastecimento dos 10km, perto dos 11kms comecei a sentir uma pequena dor de burro (que me fez para aos 12kms), recomecei a corrida mas o ritmo era mais lento, continuei até aos 15kms sempre com dor na zona abdominal, depois subitamente passou.
Consegui acelerar um pouco mas perto dos 17kms percebi que estava a ficar sem energia e aos 19kms tive mesmo de reduzir para os 4'30''/km, o meu companheiro de prova (Marçal) foi afastando-se de mim e eu incapaz de o acompanhar, sempre que tentava aumentar o ritmo sentia logo um desfalecimento.
Como não queria acabar a prova em más condições optei por seguir mais lento.
No final terminei com a marca de 1h30'31'', ocupando o 88º lugar da geral.

A Otília terminou com o tempo de 1h49'57'', 166º lugar da geral (9ª F40). 

No final a organização, do Grupo Desportivo e Recreativo das Figueiras brindou-nos com um magnífico almoço.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

V Grande Prémio da Arrábida

No Domingo passado eu e a Otília participamos pela primeira vez no Grande Prémio da Arrábida, este ano em edição especial, prova organizada pela Associação de Atletismo Lebres do Sado.
O CLAC - Entroncamento, esteve representado neste evento por 10 atletas, companheiros de treinos e de muitos quilómetros que no dia 28 de Novembro tinham como objectivos em comum: Correr num ambiente de festa, desfrutar o mais possível da paisagem e após a prova recuperarmos as forças num rodízio de peixe, bem juntinho ao Sado.

A viagem até Setúbal deu-se sem grandes sobressaltos, chegamos a tempo do cafezinho, do levantamento de dorsais e ainda de trocar dois dedos de conversa com os amigos habituais.
O jardim escolhido como local de partida para a prova era bastante agradável e após um fraco aquecimento lá iniciamos mais uma epopeia, juntamente com cerca de 500 participantes (terminaram 486 atletas).
Esta prova tem uma particularidade, os primeiros dois quilometros são corridos dentro da cidade em ritmo de treino (ritmo marcado por duas lebres) o que possíbilita um bom ambiente e o convivio entre os atletas de pelotão. Após o abandono das "Lebres guias" cada um corre ao ritmo que quer ou pode.

Como no próximo dia 1 de Dezembro eu e a Otília vamos participar na meia maratona da Marinha Grande, tinhamos planeado correr esta prova na Arrábida em ritmo moderado, no início corremos todos em pelotão a um ritmo de 5'30''/km, depois segui na companhia do Marçal a um ritmo de 4'20''/km até a subida da cobra, seguiram-se 2 kms de subida (4'59'' e 5'22'') onde fui passando por vários atletas. O piso era em terra batida e a inclinação forte, lá em cima o castelo de Palmela esperava por nós. Por vezes vou olhando para a esquerda para o vale, a subida é dura mas consigo manter o mesmo ritmo, já na entrada da vila avisto os da frente na descida. Chegado ao topo viragem à esquerda, aproveito para recuperar um pouco a respiração, parece que as pernas já nem sabem correr. A descida é feita primeiro em paralelo e depois em alcatrão, o ritmo aumenta e um pouco mais à frente sou avisado por um companheiro de prova que iriamos virar à esquerda e efectuar uma descida à Almourol, só que sem pedras rolantes (A imagem dos Trilhos do Almourol veio para ficar), e pouco depois lá estava ela, devidamente assinalada por um sinal de perigo. A descida em terra batida é "manhosa" (descida da lagartixa), mas um trailer já está habituado a isto e bem pior, o ritmo nesta altura era na casa dos 3'50''/km e após a descida lá estava o famoso abastecimento de moscatel, servido por pessoal vestido a rigor. Confesso que nos momentos que antecederam a partida tinha pensado em beber um moscatel no abastecimento, mas depois de 9km nas pernas e embalado pela descida "manhosa", optei por seguir em frente.

O percurso depois fica plano, o piso em terra batida acaba e fica apenas o alcatrão que nos tráz de volta a Setúbal. Já a caminho da meta sou supreendido pelo Hugo Velez, que estava na bema da estrada a tirar umas fotos a malta que ia passando (Obrigado Hugo), corro a um bom ritmo (3'50''/km) e sigo até ao jardim de Vanicelos em Setúbal sempre abaixo dos 4'/km. Terminando com 57'43'' no 62º lugar da geral.
No final recebo a famosa garrafa de moscatel e uma t-shirt técnica bem bonita alusiva à prova, bem como água e um bolo típico da região. Pouco depois começam a chegar os companheiros do CLAC e claro que eu estava desejoso de ver a minha Otília, e não demorou muito para ela aparecer, como é habitual com um belo sorriso, como que a dizer "esta já está, venha a próxima". A Otília conseguiu acabar com 1h10'06'', sendo a 4ª veterana 1 (314º da geral)


Após todos terem terminado esta aventura com sussesso, fomos até ao local dos banhos, de banho tomado havia que recuperar as energias perdidas, o local escolhido foi um rodizio de peixe junto ao Sado e podem crer que demoramos mais tempo na mesa do que aquele demorado para correr os 12.500 metros de prova... 

domingo, 21 de novembro de 2010

23º Grande Prémio Atletismo ARCD Mendiga

Hoje foi dia de correr o 23º Grande Prémio Atletismo ARCD Mendiga, eu e a Otília às 8h30 já estávamos na sede do CLAC, no Entroncamento para nos juntarmos aos restantes atletas que nos iriam acompanhar.
A ultima vez que corri na Mendiga foi em 2002, nessa altura completei o mesmo percurso da prova em 56'25'', conseguindo o 22º lugar da geral. Passados 8 anos voltei à vila da Mendiga mas os objectivos eram diferentes.
 
A manhã estava chuvosa, mas as caras conhecidas de vários eventos estavam lá na mesma, não há chuva que afaste os atletas....
A organização tinha uma excelente feira de material desportivo e de artesanato local montada dentro das instalações da colectividade, foi um fantástico local de convívio, vários foram os amigos com quem troquei dois dedos de conversa, mas de todos destaco um colega de serviço que já não via há mais de 10 anos, o Paulo Teixeira (quem diria que depois de tantos anos nos iriamos encontrar numa prova de atletismo).
 
A conversa estava boa, mas o objectivo do dia era correr e passadas duas semanas sobre a maratona do Porto sentia-me recuperado para o desafio. A última semana de treinos tinha-me até corrido bastante bem, mas uma coisa são os treinos outra são as provas.
Embora me sentisse recuperado eu estava um pouco apreensivo, sem saber como haveria de abordar a corrida, se partisse demasiado rápido depois aos 10/12km o cansaço surgiria e a parte final da prova seria penosa e isso eu não queria.
 
Após o tiro de partida, sai na companhia do Marçal, o percurso inicial é fácil e o ritmo de corrida rondava os 4'/km, passagem aos 5km feita em 20'00'', o Marçal fica ligeiramente para trás e eu sigo inserido num grupo numeroso, tentando proteger-me um pouco do vento que teima em soprar.
O percurso aqui sobe ligeiramente, o vento soprava de frente e a temperatura estava a descer, tento manter o ritmo (embora já estivesse a ver que a coisa estava muito rápida), a parte mais difícil é a zona do retorno na localidade de Serra Ventoso, aqui as rajadas de vento são mesmo fortes e a chuva bate-nos no corpo como agulhas.
Já de regresso as condições climatéricas melhoram, o vento deixa de se fazer sentir (ou melhor soprava pelas costas) e o percurso que tinhamos feito a subir agora era a descer, o que deu para recuperar o fôlego. A passagem aos 10 km é assinalada com 40'20''.
As pernas reagiam bem, estava a conseguir manter a corrida na casa do 4'/km, a passagem aos 15km foi assinalada pela organização em 1h00'30'', já faltava pouco, era tentar manter o ritmo e fazer a última subida até a zona da meta.
O resultado final não podia ser melhor, consegui terminar a prova com a marca de 1h06'17 e o 120º lugar da geral, muito diferente do obtido há 8 anos atrás, mas acreditem que a satisfação foi bem maior. Só quem sabe pelo que passei nos últimos anos poderá compreender estas palavras.
 
A Otília terminou a sua primeira corrida na Mendiga, bem disposta e muito contente, com a marca de 1h22'39, alcançando o 361º da geral.
 
No final participámos no tradicional almoço, que teve como animação um conjunto de concertinas (foi 5 estrelas), depois assistimos à entrega de prémios e com muita pena nossa não fomos contemplados com nenhum dos prémios sorteados.... lá estaremos para o ano. 

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

7ª Maratona do Porto ............. E já cá cantam três Maratonas!

A Maratona da Otília
Chega o tão ansiado fim-de-semana e lá vamos nós para o Porto. Excelente viagem com os meus companheiros do CLAC, fomos levantar os dorsais, os sacos e ainda conseguimos experimentar a massa party . Na mesa com os atletas das Lebres do Sado e da Barreira a conversa só girava em torno de trilhos e trails a Célia Azenha conta-nos as suas últimas aventuras.

Demos uma volta pela Expo Maratona fizemos umas compras e ainda deu tempo de ir levar uma massagem porque o meu gémeo esquerdo andava a preocupar-me, no fim fiquei mais descansada e aliviada. Conversamos com o Mestre dos Trilhos em Portugal o Moutinho que nos conta como vão os “Trails por Portugal”e também lhe damos informação sobre os nossos “Trilhos do Almourol “ a realizar no dia 3 de Abril de 2011.
O dia estava a passar depressa mas tínhamos de ir buscar mais uma atleta do CLAC, a Maria José, à estação de Campanhã. Chega a vez do Jantar no shopping de Gaia, mais uma vez “Massa”, a ansiedade crescia a conversa era sempre a mesma, Maratona e mais Maratona. Chega a hora de deitar. Nem sei como mas dormi muito bem! Às 6 da manhã já estavam todos a pé e lá fomos nós para o local da chegada da Maratona para irmos no transporte, que a organização disponibiliza para o local da partida, sempre encontrando muitas caras amigas e conhecidas dos trilhos ou da blogosfera. Saímos do autocarro e começa a chover, que chato nem dá para tirar as fotos para mais tarde recordar. Encontro o Fernando Andrade que já conta com 38 Maratonas é um espectáculo! Conseguimos que o José Carlos Fernandes nos tirasse umas fotos mesmo debaixo de chuva.

Dirigimo-nos para a partida desejando boa sorte uns ao outros, bate-se palmas à organização e a todos os atletas que ali estão ….. E PUM ouve-se o tiro, lá vamos nós, é uma grande moldura humana que ali vai a correr, pronta para se superar e se sentir especial. Eu sinto –me Especial (desculpem).

E lá vou eu…..é a minha 3ª Maratona sinto-me contente e orgulhosa por ter a coragem de ali estar, chegamos ao 1º km e olho para o meu garmin, M##…. tinha perdido o satélite não marcava os km senti-me também perdida! Só parando é que iria conseguir apanhar o satélite outra vez.

Parar não! (mas devia ter parado). Continuei, apanho a Célia que me incentivou a seguir, e lá fui aos 5 km (26’45) vou com o Joaquim Adelino que me diz que tem que reduzir um pouquinho passamos no local onde iremos chegar daqui a umas horas e desejo que já fosse agora somos aplaudidos muito efusivamente e nem só por estrangeiros. Chego à rotunda do Castelo do Queijo e começo a cruzar com os atletas da frente e lá vem o meu Brito com o Marçal é como um “dopping” para mim passarmos um pelo outro e gritamos um para o outro palavras de estímulo, a seguir vem o Henrique e o Oliveira e muitas outras caras que me chamam e me encorajam. Entretanto cruzo-me com a Joana que é estreante na Maratona e a Zé que já tinha feito uma Maratona em 2006 com uma excelente marca mas agora não está em tão boa forma.
Sou apanhada pelo Miguel Saraiva e outro atleta da Barreira e sigo com eles, mas o andamento vai rápido entre 5’15 e 5’25 digo-lhes que tenho que os deixar ir mas vou continuando com eles, irei pagar a factura mais tarde, paciência! Aos poucos vou ficando atrás deles, sigo depois com dois espanhóis que me apanham a água e me oferecem poweraid mas digo que não a minha barriga já não vai boa e tenho imensa vontade de fazer xixi desde os 10 km. Passamos a ponte Dom Luís e ainda me cruzo com o Luís Mota a quem grito (ainda tenho voz aqui), começo a ver à minha frente o Tigre é sinal que vou bem! Cruzo-me outra vez com o Brito que vai muito descontraído e feliz da vida na companhia do Marçal.

Vejo a Isabel e o António Almeida o que acho muito estranho ele estar ali e não a correr (mais tarde sei porquê, é lamentável por parte da organização) eles incentivam-me, não o deviam ter feito! E Já estou na Meia Maratona com uma 1’52’45!!!!!!!
Ai!Ai!Ai eu sei bem o que isto quer dizer! Vou reduzindo, a isso sou obrigada, o meu corpo já vai começando a dar contas do desgaste.
Aos 25km como banana e marmelada (MAU; MAU) não o devia ter feito, engasgo-me quase que vomito, já estou outra vez em cima da ponte Dom Luís e as cólicas aumentam, e a vontade de fazer xixi não passa, mas não tinha sítio para ir fazer!
Começo outra vez a cruzar-me com as caras conhecidas (esqueço-me do xixi) vou ainda chamando por eles começo a ver o meu Brito lá ao fundo e já me sinto toda rota, passo por eles já não grito, mas levanto os dois braços o Brito pergunta-me se estou bem e digo que sim não valia a pena dizer que me estava quase a “BORRAR”! Ele vai bem, o Marçal já ia de lado! Sei que por ali há vários muros começo a procurar um onde consiga ir quando vier na volta para cá! Passo o retorno dos 28 km, mais atletas vão passando por mim, chego perto de uns barracões e lá vou eu para trás dos muros aliviar-me! Foi mesmo um alívio, naõ aguentava mais! Mas via tantos atletas que estavam atrás de mim a passarem-me para a frente, o Renato Cruz, a Flor Madureira de quem eu trazia um bom avanço, nunca mais consegui chegar a eles! Mas lá fui, passei os 30 km, passei pelo túnel da Ribeira e chego ao empedrado (malvado) dá-me cabo do corpo todo.
Os km vão passando è espantoso! Eu vou sempre correndo, não paro nem nos abastecimentos, tento descontrair, mando o meu corpo descontrair mas ele não me obedece (insuburdinado) não consigo mesmo descontrair! CHIÇA! Mas Corro! Corro como se fosse uma tartaruga! Chego á subidinha dos 37 km (mais empedrado) fujo para o passeio e lá vem a recta interminável dos 38 e 39km a Dina Mota apanha-me, mas pára logo á frente com câimbras nos dedos dos pés! Mas logo me apanha outra vez, não a consigo acompanhar, sinto-me Triste, tão Triste, falta-me garra! Mas não consigo dar mais do que aquilo. Penso no avanço que tinha aos 25 km dela eram mais de 2 km e vejo aquilo que eu quebrei! Não compensou o esforço do inicio, fica a experiencia!
Começo a ouvir apitos é a Claque do Mundo da corrida são fantásticas, mas hoje eu já não tinha força para gritar com elas. Já estou na rotunda do Castelo do Queijo o vento estava de frente, era horrível quase não conseguia avançar mas agora também já nada me ia parar, estava quase, chego aos 40km e ainda me cruzo com os meus colegas de equipa o Henrique e logo atrás o Oliveira que vinha todo torto como eu, Íamos de lado, eles também tinham rebentado.
Só faltava a última subidinha no km 41 “MALVADA”, vieram –me a cabeça muitos impropérios conhecidos e acho que ainda inventei alguns, via ao longe, muito ao longe o pórtico e nunca mais lá chegava alguns atletas que já tinham acabado incentivavam-me, chego ao pé do Ricardo Bastos e queixamo-nos um ao outro como se valesse a pena.
Começo a avistar o Brito que já vem a gritar por mim, mas eu não tenho reacção, nem consigo falar, só tenho um enorme cansaço, mas lá forço mais um pouco e aumento o ritmo, oiço o Brito atrás ainda a gritar por mim, as pessoas vêem o nome no Dorsal e vão dizendo o meu nome e aplaudindo, começo a sorrir e já tenho força para me rir outra vez chego ao 1º pórtico e faço a curva vejo o Alcino (minha equipa) e a esposa, está quase! Agora sim estou no passeio da Fama! Vejo o relógio nas 4’03 e tal, e forço tento-me endireitar para a foto (não sei se consegui).
PRONTO ….FIM ….ACABEI, tenho a minha 3ª Maratona, em 4’3’34 chip e 4’4’08 oficial não baixei das 4h mas o ano passado tinha feito 4’10 por isso foi um pouquinho melhor, e verdade seja dita eu não tenho muito mais estofo para melhorar mais do que isto! É aquilo que posso, e já fico muito orgulhosa de mim própria. EHEHEH!

Agradeço a todos as palavras de carinho e incentivo que me deram durante e depois da prova. A todos um Bem Haja! E até á próxima!
Parabéns á minha equipa (fomos 9) que se portou muito BEM. Em especial para os estreantes. A única que não conseguiu acabar foi a minha amiga Mª José que ficou aos 35 km pois tinha um joelho muito inchado e muitas dores e foi aconselhada a desistir, eu sei bem o que isso lhe custou, porque desistir não faz parte dela, mas às vezes tem que ser, Maratonas há muitas! Venha a próxima!
NOTA: Fez – me muita falta o meu Garmin! E mais companhia pois fiz grande parte isolada. Ah, já me esquecia, mais força nas pernas também fazia jeito!
Saudações e até á próxima que deve ser em Sevilha.
Otília

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Como foi a minha 7ª Maratona do Porto

Vencidas várias semanas de treino (12 para ser mais exacto) eis que é chegado o fim-de-semana mais desejado.

No sábado, eu e a Otília (acompanhados por alguns amigos do CLAC) partimos pelas 11h00 do Entroncamento com destino ao Porto, depois viagem calma e de uma breve pausa, no Canidelo, para nos alojarmos, seguimos em direcção ao Palácio de Cristal, local onde se realizava a ExpoMaratona e o levantamento de dorsais (cá para mim são mais peitorais, mas adiante…). Este ano fomos mais cedo, para podermos ver com mais calma o ambiente que rodeia o evento. À entrada aproveitámos logo para uma foto (para mais tarde recordar).


Mal tínhamos chegado já estava a conhecer pessoalmente o Octávio Melo, que veio dos Açores e aproveitou para correr a mais participada Maratona de Portugal. A fila para levantamento dos dorsais estava pequena, havia que aproveitar e após alguns minutos já com o número na mão lá fomos levantar o kit de Maratonista, uma mochila com t-shirt, uma garrafa de vinho do Porto e alguns brindes, a entrega do kit foi feita pela excelente atleta Conceição Gare, ainda a tentei convencer a participar nos Trilhos do Almourol de 2011, mas respondeu-me que não podia ir a todas e que nessa altura estava a pensar em fazer uma prova de 100km!!!

Com o kit na mão, estava na hora de provar a massa oferecida na Pasta Party, mais uma vez a fila estava pequena, o que facilitou a tarefa. De tabuleiro na mão fomos sentarmo-nos na mesa onde estava a Célia Azenha, o José Carlos Pereira (ambos das Lebres do Sado), a Ana Paula e a Sílvia Coelho (ambas da Barreira). A conversa girava à volta da Maratona do Porto, mas também de Ultras, a Célia contava-nos as suas últimas aventuras numa prova de 115kms em trail, parece que a coisa depois de muitos kms até meteu umas aparições…

A conversa estava animada, era Freita para ali, era Alpino Madrileno para acolá, os caminhos de Santiago, Ronda e até os 100 de Mérida vieram à baila (haja pernas). Havia Maratonistas estreantes do CLAC na mesa, que com aquela conversa toda já se estavam a sentir mal…
Depois da barriguinha cheia, fomos visitar os stands da ExpoMaratona, os flyers da Maratona de Barcelona eram apelativos, os da Maratona de Madrid também (esta está nos planos, vamos ver como estarão as finanças), a UMA (Utra Maratona atlântica) também marcou presença, alguns stands de material desportivo ou ligado ao desporto (onde acabámos por comprar algumas lembranças relativas à prova) e lá estava o stand da EMMA (massagens), o mais procurado pelos atletas do CLAC, alguns até dizem que CLAC é Clube de Lesionados e Amigos do Copo, mas isso são as más-línguas eu penso que é CLube de Alta Competição.

Como a maior parte dos atletas na véspera da prova fica cheio de dores de pernas, efeito meramente psicológico e derivado da diminuição de kms na semana que antecede a Maratona, aproveitou logo para uma massagem (quanto mais não fosse fazia o efeito placebo…), até eu aproveitei para fazer uma descompressão de coluna (na zona lombar), mas nas pernas na véspera da prova não, aí ninguém toca…

Durante a tarde fomos encontrando vários amigos destas andanças, o (estreante) Miguel Saraiva (parabéns Maratonista) acompanhado da Sara, o Vítor Dias (que estava com pressa, pois ia para uma sessão fotográfica), o Luís Mota (sempre sorridente), o José Moutinho (com que conversámos sobre trilhos e trail), o Ricardo Batista (com que trocámos votos de boa sorte para a prova) e outros que apenas vimos à distância.

Da comitiva do CLAC apenas faltava a Maria José, que apenas chegou a Campanhã às 21h00, e nós lá estávamos para a receber, depois da equipa completa havia que escolher uma zona comercial para fazer a última refeição de massa. Atravessamos o Douro e pouco depois já estávamos perdidos, pedimos socorro a um habitante da margem sul (de Gaia, claro está…) que amavelmente nos guiou até ao Arrabida Shopping.

As vistas no Shopping eram bastante agradáveis, mas o que nós queríamos mesmo era comer macarrão (ou seja hidratos de carbono). Mais uma vez com a barriga cheia de massa, toca a andar em azimute para a cama. Meia-noite e meia já estava esticado pronto para uma curta noite de sono.

Um pouco antes das 6h00 já o despertador estava a mandar levantar, mais um reforço de hidratos (2 croissant com marmelada e meia barra Isostar), 7h20 e lá fomos nós para a zona do Parque da Cidade, local da chegada e onde iríamos deixar a carrinha. Mais uns cremes manhosos nos joelhos e vaselina nas zonas de maior fricção, meias de compressão, fato de treino e estava pronto para apanhar o autocarro que nós levaria até ao local de partida. Durante a viagem começa a cair uma chuvinha molha parvos (mas eu estava dentro do autocarro…), todos ficámos com a ideia que a Maratona ia ser corrida com chuva, no local da partida também havia chuvinha molha parvos (e agora eu já estava a apanhar com ela…) mas mesmo assim do mal o menos pois não fazia vento.

O ambiente era de festa, no meio de tanta gente encontro o José Carlos Fernandes (que foi o nosso fotógrafo de serviço), tempo ainda para trocar algumas palavras com o Fernando Andrade, o Renato Cruz e o Joaquim Adelino.


Estava quase na hora da partida e o aquecimento tinha sido nulo, entrego o saco com o fato de treino à organização e dou uma volta ao jardim próximo da zona de partida, aproveito para aliviar… e dirijo-me para o controlo de entrada na zona de Maratonistas. Não procuro um local muito à frente, mas sim um local que me permita partir sem grandes confusões, junto a mim estão os companheiros do CLAC, o Francisco Primo e os estreantes Alcino Nunes, Marçal Silva, Henrique Narciso e José Oliveira, um pouco mais atrás o Otília acompanhada da Maria José e do estreante Joana Chachucho.

Após o visionamento de um curto vídeo, sobre a Maratona do Porto, cerca das 10h00 foi dado o tiro de partida da 7ª Maratona do Porto.

Tinha combinado com o Marçal que seguiríamos juntos até ao muro… depois cada um seguiria no ritmo que conseguisse, e assim foi.

Partimos juntos e tivemos a companhia no 1º km do Alcino e do Primo, na subida inicial vejo o Vítor Veloso do outro lado a chamar por mim, faço sinal e seguimos em frente num ritmo fácil. Já na Av. da Boavista e com o terreno ligeiramente a descer o ritmo acelerou, mesmo indo rápido sentia-me bem, fazemos o 1º retorno e cruzo-me com a Otília, faço sinal que está tudo bem e sigo (abaixo dos 4’30’’/km) até aos 10km onde passámos na companhia do Zé Agostinho da Barreira com 45’50’’. Estávamos a andar claramente mais rápido do que tínhamos planeado e isso na Maratona paga-se nos kms finais, entretanto o grupo passa a ter 4 elementos, o estreante Vítor Veloso vem da retaguarda e entra no grupo, também ele nos diz que está a andar mais rápido do que tinha pensado. Lá vamos indo, sinto-me descontraído, observo o rio Douro, a Ribeira o ritmo é agora na casa dos 4’40’’/4’35 por km, passagem aos 15km em 1h09’09’’. Entramos numa zona ligeiramente a subir em paralelo, o Marçal reclama do piso mas não há nada a fazer, atravessamos o túnel da Ribeira e passamos a Ponte D. Luís, agora já estamos na zona da Afurada, o piso é novamente de paralelo, vamos para o passeio para fugir ao empedrado, nessa altura os primeiros atletas (quenianos acompanhados pelo português Paulo Gomes) cruzam por nós, já estão de regresso. Pouco depois lá vem o Luís Mota, grito umas palavras de incentivo e prossigo, um pouco mais à frente está o António Almeida e a Isabel a gritar por nós (que pena o António não ter corrido esta Maratona), uma pose para a foto (obrigado Isabel, sabe tão bem ter uma recordação).
e lá vamos nós até à meia maratona, com passagem um pouco abaixo das 1h39’, entretanto o Zé Agostinho já se tinha atrasado, eu o Marçal e o Vítor fazemos contas e percebemos que estamos a correr para um tempo na casa das 3h20’, mas o muro dos 35km é que vai dizer qual o tempo final, pouco depois cruzo-me com a Otília que aparenta facilidade na corrida.

Procuro não me esquecer da táctica aprendida com a “lebre” José Carlos Pereira, depois da meia procurar manter o ritmo até aos 25km, chegar aos 30km com dignidade, depois só faltam 12kms e pouco. E foi o que nós fizemos, chegámos com dignidade aos 25km e aos 28 kms o Vítor decide acelerar, nós (eu e o Marçal) mais prudentes decidimos manter o ritmo, nesta altura 4’45’’/km. Chegámos aos 30km em 2h20’, se conseguíssemos fazer 12.195 metros numa hora, fazíamos uma marca abaixo das 3h20’, o objectivo era correr abaixo dos 5’/km, pois o último km da maratona tem mais 195 metros.

Cruzo-me novamente com a Otília, noto que já não vem tão fresca, o ritmo caía agora para 4’50’’/km (mesmo assim dentro do objectivo), aos 31km entramos novamente no túnel da Ribeira, novamente a zona de empedrado, depois uma ligeira descida, havia que guardar forças para a parte final (ligeiramente a subir). Passamos o abastecimento dos 35km, digo ao Marçal que vou manter este ritmo e se ele quiser que vá. Ele diz sentir-se bem e passa para a frente, ganha-me cerca de 20 metros mas fica sozinho, pouco depois aos 37km já na subida encosto-me a ele e sigo no meu passo, faço esse km em 5’01. O vento agora sopra forte e de frente, faltam 5km para a meta, muito ainda pode acontecer, o 39º km é uma recta interminável sempre com vento contra, sinto-me bem, estou confiante, vou passando muitos atletas, ainda consigo correr a 4’45’’/km.

Ao fundo já vejo a rotunda do Castelo do Queijo, à minha frente vai a Carmen Pires, passo a Carmen e sigo para a marca dos 40 kms, o vento não pára, cada vez está mais forte, mesmo assim mantenho-me abaixo dos 5’/km (4’55’’), faço o retorno e depois dos 40km o vento é favorável, cruzo-me pelo Marçal, que me grita palavras de encorajamento, o mesmo se sucede com o Zé Agostinho que vem um pouco mais atrás. Estou novamente na rotunda e tenho à minha frente a super veterana Conceição Gare, entramos na longa recta que nos leva ao Parque da Cidade. Agora já sem vento sinto-me bem e consigo acelerar um pouco, 41º km em 4’45’’, procuro perceber como está o meu corpo e faço o 42º em 4’40’’.

Nos últimos metros o público puxa por nós, o ambiente é fantástico, olho para o Garmin e vejo 3h18’, procuro correr rápido para terminar abaixo das 3h20’, sem contudo ir muito para lá dos limites, pois não quero terminar esgotado. Entro na última recta e lá está ele o cronómetro oficial, procuro tirar gozo do momento, e ainda passo alguns atletas para terminar com 3h19’44’’ (chip) e 3h20’09’’ tempo oficial, muito melhor do que eu poderia ter pedido e imaginado, se me dissessem no início que iria fazer abaixo das 3h30’ já ficava satisfeito, abaixo das 3h20’ devem de imaginar…

Menos 20’ que no ano passado, http://connect.garmin.com/activity/56096274
Tinha terminado mais uma Maratona e acima de tudo tinha conseguido chegar bem, não me sentia esgotado, não tinha tido cãibras, nem arrepios, enfim foi melhor que a encomenda.

Após uma breves palavras com os colegas que já tinham chegado (parabéns Alcino, 3h11 na estreia é de campeão) sigo para a carrinha para mudar de roupa e rapidamente abastecer a máquina, para não me acontecer o mesmo que nos 20kms de Almeirim. Depois fui esperar a Otília que consegui terminar a sua 3º Maratona, retirando cerca de 6 minutos ao tempo do ano passado.

Por hoje é tudo.

Agora é descansar e pensar no próximo desafio.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A 7ª Maratona do Porto já está, venha a próxima

No Domingo passado eu e a Otília participámos, mais uma vez, na Maratona do Porto.
Este ano na 7ª edição, conseguimos levar mais uns amigos do CLAC, inscritos eramos 10, mas por razões de saúde apenas 9 estiveram presentes na linha da partida.

Neste momento ainda estamos a digerir as emoções provocadas por ter terminado mais uma Maratona.
Para breve seguem os relatos da experiência vivida e dos altos e baixos de fazer a Maratona. Por agora apenas dizer que terminei a prova em 292º lugar da geral com 3h19'44 (chip) 3h20'09 oficial, muito melhor do que eu poderia imaginar.

(Na passagem pela Afurada, na companhia do Vítor Veloso e do Marçal Silva, foto Isabel Almeida)

A Otília conseguiu terminar a prova, com uma partida rápida e uma passagem algo exagerada na 1ª meia maratona, veio a ter problemas abdominais na 2ª meia (obrigada a uma paragem estratégica) e assim hipotecou o grande objectivo de fazer a Maratona abaixo das 4 horas (mesmo assim menos 6 minutos do que em 2009).
Terminou a 3ª Maratona em 875º lugar da geral, em 4h03'30 (chip) 4h04'08 oficial.

(Na passagem pela Afurada, foto Isabel Almeida)

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

24ª Edição 20 kms de Almeirim

Embora já tenha passado algum tempo, queria deixar aqui o meu comentário sobre a prova dos 20kms de Almeirim (24ª Edição).

No passado sábado, o CLAC fez-se representar nesta magnífica prova por uma comitiva de mais de 20 atletas e claro que eu e a Otília não podiamos faltar.


Confesso que esta prova (em edições anteriores) nunca me correu bem, não sei se devido à hora em que é realizada ou ao facto de trabalhar no sábado de manhã.

Este ano a prova estava inserida num microciclo de preparação para a Maratona do Porto, uma sessão de corrida ligeiramente mais rápida a terminar um ciclo de carga.

Para esta prova tinha como objectivo correr abaixo da 1h30, o que daria menos de 4'30/km.

A partida foi calma e sem confusões o ritmo inicial foi ligeiramente mais rápido do que tinha previsto, mas como me ia a sentir bem lá fui indo. Fui passando alguns colegas do CLAC e da Blogoesfera que partiram lá mais à frente, o ritmo rondava os 4'15/km. Perto dos 10 km, onde passei com 43 minutos, alcancei o José agostinho da Barreira e o José Sousa das Lebres do Sado, como o ritmo ia superior ao que tinha planeado decidi ficar com eles.
O ambiente era descontraido, o "lebre" Sousa contava anedotas e a sua "estória" da participação no Trail de Barcelos, pouco depois já estávamos a fazer o retorno junto à barragem dos Patudos em Alpiarça.

Sem saber como o Zé e o Sousa tinham-se atrasado, o ritmo tinha caido para 4'20/km, agora era tentar manter, mas depois do 16º km as pernas começaram a ficar mais pesadas. Mesmo assim vou passando alguns atletas entre os quais o veterano do CLAC Luís Rei.

Já à entrada de Almeirim começo a ver o colega Marçal, que vinha em quebra, vou tentando chegar perto dele o que acabo por conseguir já no último km, entramos na recta da meta juntos e terminámos lado a lado. Mesmo com as pernas pesadas fiz o último km em 4'10 terminando em 1h27'21'' (no meu Garmin) e com 1h28'01'' oficial.



A Otília, que também está a preparar a Maratona do Porto, fez esta prova com boa disposição como sempre, no final terminou em 1h44'45 (no Garmin) e 1h45'25'' oficial.

Depois veio o banho e a famosa sopa da pedra, que infelizmente não consegui saborear, pois normalmente perco o apetite depois das provas.

Sobre a organização da prova, penso que estiveram bem, com um abastecimento logo aos 2,5kms e depois 5,10,15 e 20kms. A festa no final também muito boa, com bailarico e tudo.

O único aspecto menos bom, foi a entrega dos kits no funil de chegadas, pois embora os atletas pedissem o tamanho da t-shirt os voluntários que as entregavam não sabiam o tamanho das mesmas, limitavam-se a dizer para nós as trocarmos com outros atletas. Penso que este aspecto poderia ser corrigido, bastava colocar os kits S, separados dos M e assim sussessivamente.

Agora toca a descançar para a Maratona do Porto

domingo, 17 de outubro de 2010

Último Longão de preparação para a Maratona do Porto

Hoje pelas 9h00 vários atletas do CLAC - Entroncamento, reuniram-se junto às piscinas municipais para realizar um treino longo, para alguns seria o último "Longão" de preparação para a Maratona do Porto, para outros um treino de preparação para a Meia da Nazaré.
O dia estava prefeito para a corrida, o dia amanheceu fresco com o céu limpo e o sol a brilhar, condições ideais para a corrida.

No final foram 31km percorridos em 2h43, em que os primeiros 19 km foram corridos em terra batida e a parte final (12km) em alcatrão.

http://connect.garmin.com/activity/53341077

A Otília terminou o treino com 27km na companhia da Joana, Maria José, Vitor Silva e do Luís Rei.

Agradeço aos colegas Marçal Silva, Alcino Nunes, Francisco Primo e Henrique Narciso a companhia e no Porto lá estaremos, acompanhados pela Otília, Joana, Maria José e dos colegas que hoje não puderam estar presentes Oliveira e Farinha.
Agora é carregar as baterias

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

22ª Meia Maratona Cidade de Ovar

No dia 5 de Outubro já começa a ser obrigatório rumar a Ovar para participar Meia Maratona Cidade de Ovar, este ano para correr a 22ª edição da prova.
Do Entroncamento seguiram 12 atletas, a maior parte tinha participado no Cross Arco da Memória, no passado Domingo e o objectivo principal era fazer kms em ritmo de competição para preparar a Maratona do Porto no próximo dia 7 de Novembro.

Este ano o atleta Tiago Costa do SC Braga venceu em masculinos, com o tempo de 1:05:30. No sector feminino venceu a atleta Marisa Barros, este ano a representar o S. L. Benfica com o registo de 1:09:41.

Quanto à minha prestação, depois do Cross do Arrimal e de algumas dores nos gémeos decidi fazer uma partida mais calma no meio da "confusão", o 1º km foi corrido em 5´16'' depois fui aumentando o ritmo tendo terminado em 1h35'40'' (cronometragem pessoal http://connect.garmin.com/activity/52170337 ) no cronómetro junto à linha de chegada 1h36'17'' e na classificação oficial 1h38'01'' (não percebo !!!!).
O importante é que senti-me sempre bem excepto no km 16º e 17º em que um gel tomado ao 14º km me fez cólicas, mesmo assim consegui terminar com 4'03'' no 21º km.

A Otília (que também participou no Cross do Arrimal) fez a prova em gestão de esforço e conseguiu terminar em 1h51'00'' (cronometragem pessoal), na classificação oficial 1h52'21''.

Depois do dilúvio do Cross do Arco da Memória - Arrimal, a Meia Maratona Cidade de Ovar foi uma prova fácil corrida em condições ideais.
Mais uma vez o percurso da Meia Maratona foi 5 estrelas, com muito público e caminheiros a apoiar os atletas em prova, não esquecendo a fanfarra (este ano não houve orçamento para a banda de música).
Agora são mais umas semanas de carga para preparar a Maratona do Porto.

Saudações Maratonisticas

terça-feira, 5 de outubro de 2010

12º Cross do Arco da Memória - Arrimal

No passado domingo eu e a Otília estivemos presente pela primeira vez no 12º Cross do Arco da Memória, realizado na localidade do Arrimal concelho de Porto de Mós, a prova realizada na serra é conhecida pela sua dureza e este ano contou à partida com a presença de 160 atletas em representação de trinta e três clubes.


A prova de características de montanha, numa extensão de 17,5km foi corrida debaixo de um dilúvio com ventos fortes à mistura o que somado à altimetria complicou bastante o nosso desempenho.




No entanto as condições climatéricas adversas não nos amedrontaram, bem como aos restantes atletas do CLAC - Entroncamento (13 no total), eu consegui concluir a prova com o tempo de 1.26’13’’ alcançando o 65º lugar da geral.


A Otília Leal terminou no 4º lugar em veteranas femininas (122º da geral) com a marca de 1h50'55''

Conclusão, a prova é dura mas fez-se

Saudações Trailianas

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ax Trail - Percurso da Benfeita

No passado Domingo eu e a Otília estivemos presentes na 2ª serie do AX Trail, para correr a prova da Benfeita, desta vez levámos alguns amigos no total eramos 19 atletas em representação do CLAC.


Sobre a prova, apenas digo que foi do melhor. Estivemos com pessoal que já não viamos à algum tempo, nomeadamente os Abutres o Fernando Pinto e a Ana, o Moutinho, Alcino Serras, Vitor Ferreira entre outros (pessoal do melhor) e a zona da Benfeita com uma paisagem muito boa.

O percurso de 10,5km era bastante técnico mas estava muito bem marcado, com paisagens soberbas que encantou todos, em especial os "novatos" nos trilhos.
Relativamente à minha prova, desta vez decidi fazer uma partida calma (pois a 1ª parte era a subir) e só depois do abastecimento (5km) comecei a aumentar de ritmo. Senti-me sempre bastante bem e com pernas para andar, conseguindo tirar bastante gozo da prova e do percurso.
A prova foi ganha no sector masculino por Albino Magalhães com a marca de 54'17'' e no sector feminino Susana Simões com 1h15'25''.

Eu terminei no 25º lugar da geral com 1h09'56'' (9º veterano 1)


A Otília terminou no 67º da geral com 1h32'08'' (4ª veterana feminina)


Consultar as classificações Aqui

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

15 km de Benavente

Ontem foi dia de mais uma vez rumar a Benavente para participar na XXIII edição dos 15 km de Benavente.


Da comitiva do CLAC participaram 13 atletas todos determinados em com maior ou menor dificuldade completar os 15kms do percurso, numa manhã quente de final de Verão.
Esta foi uma prova que serve principalmente para preparar a Maratona do Porto, para pôrr alguns kms em ritmos mais rápidos (já que nos treinos não faço as famosas séries) e para ver como o corpo reage.

Este ano mais uma vez fiz uma partida rápida (nunca mais aprendo) o ritmo seguia abaixo dos 4'/km até aos 5kms, o problema é que cá o JE não tem pernas para fazer 15kms naqueles ritmos e depois dos 9kms foi sempre a reduzir até ao fim. Parecia que as pernas não queriam andar, os pulmões não abriam para entrar o ar, o calor cada vez era maior, a transpiração abundante e aquela placa dos 14 kms nunca mais aparecia....tudo a dificultar o final de prova.
No final terminei com 1h04'24'', em 105º lugar, a Otília terminou em 1h19'03'' ocupando o 265º lugar da geral e o 6º no escalão de veteranas.
Terminaram a prova 341 atletas.


Após um descanso seguiram-se mais 25' de treino, coisa pouca pois as forças já eram poucas ou mesmo nenhumas no meu caso.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

8º Grande Prémio Vieirense

No passado Domingo demos início a mais uma época desportiva, o local escolhido foi o mesmo da época anterior, a vila de Vieira de Leiria, a prova o 8º Grande Prémio do Industrial Desportivo Vieirense.

O CLAC - Entroncamento fez-se representar por 25 atletas, a maior comitiva presente, o que mostra bem a força do clube.



Na partida estiveram mais de duas centenas de atletas em representação de 34 clubes. A prova com uma extensão de 8,5 km, tem partida junto à igreja matriz da vila e leva os atletas até à praia local onde se dá o retorno por uma estrada de terra batida junto ao rio lis.


A prova correu-me bastante bem, embora a preparação tenha como objectivo a participação na Maratona do Porto não senti falta de ritmo nos 8,5 km da prova. No final consegui completar o percurso em 35'05'' (menos 1'40'' que na época passada) no 88º lugar da geral (em 222 chegados).



A Otília conseguiu terminar em 40'01'' e foi a 4ª veterana feminina.



Com direito a prémio final e tudo


No final ainda tempo para rolar 35' a caminho da Maratona do Porto na companhia de vários colegas que também estarão presentes no evento.

A tarde, essa foi passada na praia na companhia dos filhotes e amigos para fechar a época balnear.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Final de época no Trail do Almonda

No passado dia 11 participei em Torres Novas na 1ª edião doTrail do Almonda, prova com elevado nível organizativo, onde os atletas foram muito bem tratados e onde mais uma vez o trail nacional ficou a ganhar.

(Equipa do CLAC com alguns amigos Adelino, Carlos Coelho e José Pereira)

Depois de ter participado na Ultra Trail Serra da Freita sabia que não tinha recuperado a 100%, assim sendo tinha que fazer esta prova com alguma contenção e inteligência. Decidi partir na frente da corrida pois logo no 1º km havia uma subida muito técnica e para não perder muito tempo teria que entrar no grupo da frente, mas ainda antes do 1º abastecimento senti que as pernas estavam um pouco cansadas, após o abastecimento a parte mais difícil da prova, a subida às antenas pelo trilho PR3 do vale do Fojo, nessa altura com aproximadamente 6 km passo a ter a companhia do Vítor Veloso.
Fazemos a subida em marcha rápida, para mim esta é a parte mais bonita da prova, no topo da serra deixa de haver trilho pelo que vamos correndo e saltitando de pedra em pedra, chegados às antenas viramos num estradão à direita e aumentamos o ritmo da corrida, rapidamente chegamos ao 2º abastecimento, (10 km em 1h20) fazemos uma pausa e lá vamos nós desta vez para a descida até ao delta D'Aire, neste momento encontramos alguns atletas que se tinham enganado, não percebo como se enganaram pois o percurso estava todo ele muito bem marcado.

 A descida é algo técnica com muita pedra no chão e uma inclinação média o facilita a corrida mas temos de ter atenção, felizmente não tive problemas durante a descida mas foram vários os "malhos" que assisti.
A descida continuou em direcção à pedreira do Galinha e já perto do Alqueidão deixamos de correr em trilho para o fazer em estradão, o ritmo era perto dos 4'30/km e num ápice já estávamos no abastecimento dos 20 km (2h15) os abastecimentos foram 5 estrelas, sempre com água fresca, isostar, melancia, laranja, banana, barras de cereaisdo melhor que já vi.
A partir daqui o terreno passa a ser mais plano mas os quilómetros e a temperatura eram o principal adversário, continuo com a companhia do Vítor Veloso somos passados por alguns atletas que se encontram em melhores condições que nós.

Aos 24 km mais um abastecimento, passagem pela localidade de A-do-Freire e agora a corrida faz-se já com um cheirinho a Torres Novas.
Já faltava pouco, mas embora a cabeça estivesse bem comecei a sentir alguns problemas ao nível muscular, os vários kms a descer estavam agora a fazer-se sentir, quando cheguei ao último abastecimento aos 27 km, as coxas começaram a dificultar-me a corrida, sentia-me preso e passei a correr com uma amplitude de passada menor, o grupo agora era de 4 atletas, deixamos o estradão e entrámos no alcatrão, o ritmo aumentou (o que para mim não foi nada bom) tento acompanhar o grupo mas na descida junto ao campo de futebol comecei a ter cãibras nos quadricipedes (igual à Freita) o que me obriga a uma paragem, os companheiros de corrida seguem e eu sou obrigado a seguir em marcha, mas pouco depois recomeço a corrida no meu ritmo e lá vou seguindo pois sei que estou muito perto.
Pouco depois chego ao jardim das rosas com 3h17'40'' (oficial foi-me atribuido 3h18'09''!!!).

Sou o 48º atleta a cortar a meta, estou contente com o meu resultado embora os últimos 3 km tenham sido bem sofridos, mas penso que foi a Ultra da Freita a dizer-me que ainda era cedo para andar naquele ritmo.

Após mais uma prova fiquei a aguardar a minha Otília e alguns atletas do CLAC que se estrearam nestas andanças, aproveitei para conversar com alguns amigos e depois lá seguimos para o almoço.


Resultados completos em:

Terminei assim a minha época, este ano a "coisa" correu melhor, consegui fazer 21 provas, totalizando 509 km.
Participei em várias provas de estrada e de trail, mas destaco a minha participação em duas Ultra Trails 
  • III Ultra Trail Geira Romana - 52 km (23-05-2010)
  • V Ultra Trail Serra da Freita - 70 km (27-06-2010)
e ainda em duas Maratonas
  • 6ª Maratona do Porto (8-11-2009)
  • 26ª Maratona Cidade de Sevilha (14-02-2010)
Agradeço a todos os que me ajudaram e apoiaram durante esta época, em especial à minha Otília.

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