sexta-feira, 28 de maio de 2010

A "Geira" do Tomás Brito

Enquanto os pais estavam no Gerês, para participar na III Ultra Trail Geira Romana, o herdeiro mais velho o Tomás Brito, aproveitou para no sábado para participar na “Jornada de Apuramento de Categorias”, em natação, prova que decorreu nas Piscinas Municipais de Rio Maior (Olímpica) e foi organizada pela Associação de Natação do Distrito de Santarém (ANDS).
A Jornada de Apuramento tem como finalidade permitir aos nadadores participar em provas para alcançarem os tempos mínimos de acessos aos campeonatos Regionais e, fundamentalmente, Nacionais das suas categorias.
O CLAC – Entroncamento participou com 15 nadadores e relativamente ao Tomás as coisas correram bastante bem, participou nos 100 livres, 100 costas, 100 bruços e 200 bruços, conseguindo realizar recorde pessoal em todas as provas em que participou, 100 livres - 1:16,84; 100 costas - 1:29,48; 100 bruços - 1:42,65; 200 bruços - 3:35,33, bem como nos tempos de passagem 50 livres - 36.60; 50 costas - 43.26; 50 bruços - 49.95).

No Domingo foi a vez de se juntar à equipa de atletismo do CLAC e participar no Campeonato Regional de Infantis em atletismo, que se realizou na pista do Estádio Municipal de Abrantes.
Após um Sábado cansativo a tarefa de Domingo não se apresentava fácil, pois iria participar nos 60 metros planos e nos 1000 metros. No entanto o Tomás voltou a superar-se conseguindo duas excelentes marcas.
(Tomás segundo da esquerda com a equipa do CLAC-Entroncamento)

Nos 60 metros terminou em 3º lugar, na 2ª eliminatória com a marca de 9.34, não conseguindo por pouco lugar na final, nos 1000 metros participou na 2ª série onde obteve o 4º lugar com a marca de 3 21,29 (5º lugar da geral num total de 45 atletas), esta marca constitui o seu novo recorde pessoal aos 1000 metros.
O fim-de-semana de 22 e 23 de Maio não foi só cansativo para os participantes na III Ultra Trail Geira Romana… o Tomás que o diga.

Parabéns filho

terça-feira, 25 de maio de 2010

A minha Geira Romana

A minha Geira Romana não correu como o esperado, mas podia ter sido pior.

A viagem na véspera até caldelas até correu bem, ao chegarmos encontramos logo vários amigos, realizámos o levantamento de dorsais, jantar e um pouco de convívio numa esplanada local, onde a Analice nos brindou com a sua companhia, contando façanhas das várias das prova que tem feito ao longo dos vários anos de prática da modalidade, depois fomos para o local para pernoitar. Pela primeira vez iria dormir em solo duro e esse foi o primeiro erro, pois não se consegue dormir, apenas passei pelas brasas das 00h30 às 4h14.

No dia da prova, ainda no local de pernoita percebo que não fui o único a não conseguir dormir, é que havia lá um "motor" ligado a noite toda e fartou-se de tirar água (ronc... ronc... rons...) ainda pensei que fosse uma armadilha do "Abutre" Vitorino, mas esse não dormiu lá, talvez tivesse sido uma armadilha do "Laminha" Vitor Ferreira, mas ele de manhã também estava com cara de que a noite tinha sido em claro.

Tomo o pequeno almoço preparo as coisa e sigo para o transporte, depois de uma viagem de pouco mais de 1 hora num serpentear pelas estradas do Gerês, chego a Lóbios a tempo de vomitar na primeira valeta que encontro.

(os 5 Ultra Trailers do CLAC: Marçal, Brito, Otília, Oliveira e Jorge)

O calor antes da partida já se fazia sentir e eu percebi que teria que fazer uma prova com cabeça e tentar gerir o melhor possível (foi isso que prometi à minha Otília).

(Marçal, Luís Pereira, Brito, Hélder Ferreira que viria a ser o vencedor da prova e Oliveira, em Lóbios)

Depois do famoso juramento foi dada a partida, inicio com calma na companhia da Otília e de alguns companheiros do CLAC.


O terreno começa a subir até à antiga fronteira, deixo a Otília após o 1º km e fico apenas na companhia do amigo e companheiro de clube Jorge Santos, pouco depois junta-se a nós o Marçal Silva, seguimos os três até à travessia do rio Homem (1º posto de controlo). Passado o rio o Marçal decide seguir um pouco mais rápido, opto por seguir com o Jorge e fazer uma prova mais calma.

Seguimos sempre acompanhados por outros atletas, entre eles o Fernando Fonseca e o Lamas, no estradão da mata da Albergaria alguns carros teimam em ultrapassar-nos, mas como o estradão estava seco e havia bastante pó fizemos uma barreira e dificultámos ao máximo. Nesta parte da prova ainda havia sombras, mas à medida que subíamos a sombra diminuía o que nos obrigava a correr pelo lado esquerdo, o que fez com que alguns atletas se enganassem, pois havia uma descida técnica à direita e o pessoal como ia pelo lado esquerdo do estradão seguia em frente. Mas eu não me enganei e segui pela direita. À nossa direita está a barragem de Vilarinho da Furnas, que pena que a zona florestal envolvente tenha sido queimada, que falta nos fez essa sombra. Passamos a barragem, entramos no alcatrão, o parque de campismo da Cerdeira está do nosso lado esquerdo, corro na companhia apenas do Jorge e vou pela berma para fugir ao alcatrão e apanhar mais sombra. Pouco depois entramos na localidade de Campos do Gerês, como já conhecia o local sabia que existia um tanque com água fresquinha à nossa direita, certo e certinho parei para molhar a cara e o chapéu, nesse momento somos "apanhados" pelo "abutre" Vitorino e pelo "laminha" Vitor Ferreira (tinham-se enganado no tal estradão e tinham seguido em frente), seguimos todos até ao abastecimento no museu da Geira (ainda houve um sprint entre mim e o Vítor para ver que picava primeiro o ponto).

Abastecemos e seguimos viagem, mas já só eu e o Jorge, pois o resto do pessoal não quis perder tempo, nós ainda tivemos que fazer uma paragem para o Jorge tirar alguma areia que tinha na sapatilha e depois foi dar corda aos sapatos e aproveitar o alcatrão.

Em Covide já tínhamos alcançado o Lamas (o Vitorino e o Vítor iam um pouco mais à frente) e fomos mesmo a tempo de o ver dar um grande malho quando saia do alcatrão para entrar novamente na Geira, depois de nos certificarmos que estava tudo bem, lá fomos até à quebrada (a famosa raiz), nesse momento somos alcançados pelo Daniel e pelo Vítor Veloso, que ainda foi a tempo de me tirar uma foto, mas depressa desapareceram. Depois da quebrada o grupo fica apenas de três elementos (eu, o Jorge Santos e o Vítor "laminha"), o Jorge aos 27 km diz que vai seguir mais lento (até aqui esteve sempre bem), ainda ficámos um pouco mas depois acabámos por seguir (eu e o "laminha"). O Vítor foi o meu colega de prova até final, tentámos correr o mais possível, mas por vezes tivemos de caminhar, o calor era muito, por vezes parávamos junto a pequenas cascatas para nos molharmos. Juntos fomos progredindo e lá nos íamos ajudando, por vezes dizia-mos que iríamos bater o nosso recorde de caminhada (o anterior estava em 35 km na Freita), o Vítor só pensava em tanques com água para saltar lá para dentro, mas os que encontrámos estavam vedados...

No posto de abastecimento de Sebastião do Gerês, fizemos uma paragem um pouco maior (havia música e tudo) e fomos alcançados por um grupo de atletas das Lebres do Sado, o Vítor diz-me que devíamos aproveitar o comboio, pois assim seria mais fácil prosseguir. Lá fomos mas no abastecimento que se seguia, perto dos 40 km, acabámos por ficar mais tempo e perdemos o comboio. Já estávamos quase a chegar a Caldelas, mas havia que transpor a tal subida de 600 metros com 10% de inclinação. O Vítor improvisa um bastão com um pau de eucalipto, eu opto por continuar de mão livres. Estamos nós em plena subida quando olhamos para trás e vemos a Analice, o Vitor ainda graceja " Ó Brito esta senhora com 66 anos está a gozar connosco que temos pouco mais de 40 anos", a Analice lá vai subida a cima sempre a correr e nós a caminhar. Mas pouco depois o terreno fica mais plano, começamos de novo a correr e pouco depois já estávamos junto a Analice, um pouco mais à frente começa a descida técnica, a Analice com receio de se magoar opta por seguir num ritmo mais lento e nós embalámos encosta abaixo e fomos passando alguns atletas que estavam em piores condições que nós. Mesmo pertinho de Caldelas estava o Adelino (que infelizmente teve de abandonar a prova) para nos dar água, obrigado Adelino soube mesmo bem e deu-nos força para os últimos metros até à meta.

(Eu e o Vítor num disputado sprit final que eu viria a perder no fotofinish)

No final não posso dizer que não queria ter feito a Geira (52km) um pouco mais rápido, mas acabei em 6h51'35'', sem me ter enganado uma única vez, sem quedas, sem cãibras ou outras complicações.

No final fiquei com pena de já não haver massagem para os atletas que chegam mais tarde, assim como a comida e a bela da imperial.

Embora este ano a tempo não tenha ajudado, penso que a prova esteve num bom nível e para o ano conto lá estar novamente, só espero que o percurso seja a acabar em Lóbios, pois na minha opinião a prova fica muito mais bonita e um pouco menos dura.

A garrafa de verde recebida no final da prova já marchou, agora toca a preparar a Freita, afinal são só mais uns kms e umas rampas...

III Ultra Trail Geira – Via Nova Romana – 52 kms

Pela 2ª vez participei na Ultra Trail da Geira Romana, este ano com 52 kms, o seu percurso foi oposto ao ano anterior. O seu início foi em Lóbios (Espanha) e chegada nas piscinas ao lado das termas de Caldelas, local muito bonito e acolhedor.
Com muita pena verifiquei que embora este ano tivesse chovido muito mais que o ano anterior, o Gerês encontrava-se quase seco, faltava muita água nos trilhos por onde passávamos, quase não havia cascatas por aquelas lindas encostas.
O rio Homem estava com o seu caudal muito baixo e para “enriquecer” e “facilitar” o dia estava quentíssimo! A Natureza é que manda!
Eu como sempre comecei a minha prova com muita cautela pois sabia o que vinha logo para começar, 2 km planos e 5 km “ligeiramente” a subir (cada um chama-lhe o que quiser).
Tive a companhia do Brito no 1º km fomos tirando fotos e filmando, depois ele seguiu para fazer a sua prova. O Mário Lima passou por mim e disse-me que o Joaquim Adelino tinha ficado e desistido pois tinha-lhe rebentado o sangue pelo nariz e não conseguia parar o sangue. Que pena pois ele seria uma excelente companhia pelo menos para algumas partes da prova. Fica para a próxima. Eu ia atrás da Dina e do Paulo Mota com o Bandarra e atrás de nós ainda vinha o Luís Duque (tigre). Chegámos ao1º abastecimento ali estava o Moutinho, a Dina não se sentia muito bem e foi falar com os bombeiros, eu segui com o Bandarra, apercebi-me que estávamos na cauda do pelotão, poucos havia atrás de nós. Fiquei assustada! Mas a seguir vinha uma boa descida embora um pouco técnica resolvi arriscar e ganhar tempo, passei à frente do Bandarra e ultrapassamos dois atletas que iam com receio da descida.
Entretanto vejo o Mário Lima e a Rosa Pratas que estavam a tentar passar o rio, quando mesmo ao lado tinham as fitas a indicar o 1º ponto de controlo e a passagem por uma ponte de madeira, nestas provas uma pequena distracção leva-nos a tomar direcções e decisões erradas, gritei por eles e continuei. Pensei que logo na próxima subida o Mário me viesse apanhar, entretanto fiquei sem o Bandarra, cheguei ao estradão de terra e tentei manter o ritmo foram os kms que fiz mais rápido alguns a 5’20, os carros que por vezes passavam levantavam muita poeira era MAU!!!! Passei um atleta que caminhava ainda me tentou acompanhar mas desistiu, comecei a avistar duas atletas à minha frente e fui tentando apanha-las só o consegui no 2º abastecimento mas mal cheguei elas partiram. Eram a Analice e a Teresa Couto, eu bebi um copo de Isostar, água, lavei a cara e lá fui. Seguia pelo estradão que eu sabia estar quase a acabar, depois viramos à esquerda para baixo e mais uma parte técnica com bastantes pedras mas curta, aqui encontro a Analice que descia quase de gatas (AHAHAH) é o ponto fraco dela as descidas! Deu-me passagem e disse-me “que não queria cair nem por nada” passei a Teresa mas resolvi esperar por elas pois se tinha finalmente encontrado companhia não me valia a pena seguir agora sozinha! Apreciei a vista magnifica da barragem de Vilarinho das Furnas e fui tirando umas fotos, mas continuávamos a correr, aqui uma parte da mata está queimada é uma desolação!
Entramos então em alcatrão onde estava uma ambulância e um socorrista numa bicicleta que nos perguntou se estava tudo bem? Nós confirmamos que sim! Aproveitamos a descida no alcatrão e demos-lhe gás, mas na “subidinha” antes da aldeia campos do Gerês eu e a Teresa ficamos a passo e deixa-mos de ver a Analice que seguiu no seu passinho pequeno mas certinho.
Nas descidas facilmente vamos com a Analice mas nas subidas é uma “tortura” tentar acompanhá-la, é uma mulher com uma garra fora de série, no entanto correr ao lado dela é um prazer pois ela consegue cantar, contar histórias, brincar com as “fraquezas” dos homens. Está sempre bem disposta, nada a chateia!
Entretanto ela apanhou boleia de outro atleta. Fiquei com a Teresa que foi a minha confrade de toda a prova. Mais tarde somos apanhadas pela Analice que se tinha perdido (coisa habitual nela) seguiu connosco mais algum tempo, mas depressa se fartou e deixou-nos outra vez, só a voltei a ver no fim da prova.
Entretanto fomos encontrando alguns atletas que tinham partido mais rápido e agora já pagavam a “factura” pois o calor era muito! Mesmo havendo muitas sombras, a água era pouca! Que saudades dos riachos, da lama e do tempo encoberto do ano passado!
Fomos correndo e caminhando, gerindo o nosso esforço, a Dina e o Paulo Mota tinham-nos alcançado, juntámo-nos também ao Nuno (que tirou fotos fantásticas) e ao Manuel Fonseca, o nosso grupo aumentava, os kms iam passando o calor aumentava, as queixas vinham do Paulo Mota que ralhava quando a Dina aumentava o ritmo ou a distância!
Eu de vez em quando lembrava-me do Mário e do Bandarra achava estranho nenhum me ter apanhado. No 3º abastecimento encontro o Bandarra sentado e pergunto-lhe, como é que me passaste, não te vi? Ele triste apontou-me um pé quase fora da meia e respondeu-me “estou lesionado!!!” tinha vindo de carro para ali. Que mau! Que frustrante! Queremos tanto algo e de repente puff! Lá se vão as nossas esperanças!
Paciência, para o ano há mais Geira!
Mais uns kms feitos, a Caledónia foi feita com um calor abrasador, as vacas espertas estavam debaixo das poucas árvores que havia. È uma paisagem magnifica, adoro aquela parte, tão despida de tudo, só arbustos pequeninos e gigantescas rochas e nós tão pequenitos a correr lentamente por um carreirinho. ADOREI!
Mais abastecimentos foram aparecendo eu bebi bastante, comer é que não conseguia, só um cubo de marmelada ou um gomo de laranja a banana não conseguia, ia bebendo os meus gels e os meus cubos de presunto quando me sentia mais fraca.
Lá íamos nós para a última subida anunciada pelo Moutinho a tal com 10% de inclinação em 600 e tal metros, a Dina enchesse de forças e abandona-nos nunca mais lhe pusemos a vista em cima, o Paulo Mota, outro Sr. (desculpe não sei o nome), o Nuno e o Fonseca tinham ficado para trás. Só restava eu e a Teresa e lá fomos caminhando o mais que conseguíamos quando chegámos ao topo, dissemos uma para a outra, “o pior já está” e lá fomos descendo agora uma descida com muita areia grossa, grandes frestas no chão, pedras por todo o lado, a descer para mim é mais fácil. Mas a Teresa teve que abastecer que já se sentia fraca (atenção que ela come como nunca vi, até pizza ela comeu) ficando melhor lá fomos tentando não nos enganarmos em lado nenhum.
Olhava para o relógio a ver os kms a passar, numa descida encontro sentado num muro e debaixo de uma árvore com outro atleta e um socorrista de BTT, o meu colega de equipa o Jorge Santos que tinha vindo com o Brito até aos 27 km mas depois não conseguiu mais,
disse-me que tinha “estoirado” com o calor eu disse-lhe que já faltava pouco eram os últimos 3 kms ! Que fixe estava quase! Ele disse que já vinha. Passamos uma aldeia vimos a estrada em alcatrão e pensávamos que era para lá que íamos …….mas não!
Virávamos á direita e mais uma subida em calçada grande que ia dar a uma quinta linda em total abandono (que pena) já não tive força para tirar a máquina para tirar fotos. Continuamos, entramos em Amares por estradinhas e encontramos a Dina Fonseca e a Yolanda preocupadas, pois o Luís (Tigre) vinha em último e ainda nos 44km. Avisaram-nos com o piso escorregadio e com os degraus e que a meta estava quase! Que BOM, uns senhores logo em seguida também nos aconselharam com os degraus escorregadios vimos um tanque cheio de água mas já não paramos agora era correr sempre para a META.
Descemos os degraus! Ai,Ai! Os meus dedos dos pés, coitados! Mas já estavam ali os últimos metros foi pena serem no passeio pois eu e a Teresa tínhamos que nos desviar das árvores do meio até á entrada da piscina. Aplausos de alguns familiares de atletas e oiço o Moutinho a chamar-me de “campeã” e a aplaudir-me! Obrigada Moutinho! E senti-me uma Campeã, pois cheguei ao fim sem me perder, sem me lesionar, sem me chatear, sem me arrepender, pelo contrário FELIZ comigo por ter feito 52kms em 7h38’20.
Fiz quase o dobro do tempo do primeiro que foi o Hélder Ferreira, do União de Tomar, com 4h03’. Eu e a Teresa fizemos o último controlo e vejo logo o Brito que me esperava receoso que eu não acabasse dentro do tempo limite. Mas ainda consegui! Ainda tinha dado tempo de tirar mais fotos!
Fica para o ano! Obrigada Teresa pela companhia e a todos os outros atletas.
No final soube que o Mário infelizmente tinha caído e feito uma lesão grave e estava triste porque o apoio que teve dos socorristas foi mau! É pena, são situações dessas que estragam boas provas e fazem desanimar mesmo os atletas mais fortes.
Eu só tenho uma falha a apontar que me toca a mim quando acabei o meu banho já não havia massagens nem o Brito já teve, pois esteve á minha espera e os massagistas só davam as tais depois de tomarmos banho! Quando acabamos já tinham arrumado tudo. Que bem que me iam saber, eu bem as merecia! Podem ter a certeza!
Em relação ás marcações e abastecimentos estava tudo muito bem, o percurso era mais DURO que o ano passado mas foi feito com coragem e determinação, sem pôr em causa “o que estava eu ali a fazer”
Que dava “jeito” mais pessoal ao longo do percurso a dar algum apoio aos atletas isso “Dava” mas não é fácil encontrar quem se disponibilize a passar horas sozinha em cruzamentos para bater umas palmitas aos atletas que vem aos soluços!
Podem ter a certeza que não é fácil!
Os meus Parabéns aos atletas que superaram a Geira Romana e o meu afecto para aqueles que infelizmente não conseguiram, não desanimem, pois Novas Geiras Romanas viram para serem superadas e ultrapassadas.
Agora falta tomar a decisão se sigo ou não para a próxima etapa .
SIM ou NÃO quem vencerá? A cabeça ou o coração!

Ultra – Otília

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Estafeta Pobreza e Exclusão: Eu Passo!

Na segunda feira passada, 17 de Maio, participei conjuntamente com vários alunos e docentes da EPP na "Estafeta Pobreza e Exclusão: Eu Passo!", uma iniciativa do PIEC - programa para a inclusão e cidadania, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.



Participaram na iniciativa cerca de 130 elementos (docentes e discentes) da Escola Prática de Polícia de Torres Novas, incluindo o Director da Escola, o objectivo era ligar Coimbra a Torres Novas, numa extensão de 103 km, embora o dia tivesse bastante quente realizámos a tarefa em 10 horas (das 8h20 às 18h20).

A todos os participantes os meus parabéns.

Fotos em:

terça-feira, 18 de maio de 2010

III Meetting Blogger E Meia Maratona da Areia - Costa da Caparica


No domingo (16 de Maio) ocorreu o III encontro dos Blogguers, onde marquei presença desta vez sem o Brito que por motivos profissionais não pode ir. Mas consegui “arrastar” comigo dois amigos e companheiros de corrida a Joana e o Fernando.
Foi um excelente encontro em que os assuntos principais são as corridas e a importância que cada um de nós atribui a cada uma, não posso deixar de admirar como um grupo de pessoas que me parece tão diverso consegue encontrar-se e sentir-se tão á vontade uns com os outros partilhando todos o mesmo gosto pela modalidade.
O único inconveniente é que o tempo passa rapidamente e acabamos por nunca conseguir conversar com todos!
Foi com grande prazer que escutei as aventuras e as experiências do Jorge Serrazina, que me disse que ainda é um novato nas andanças dos “trails”!!
Se ELE é um novato o que serei EU!
Foi um prazer encontrar mais uma vez o António Almeida a Isabel e a Princesa Vitória com a sua alegria de viver tão contagiante.
A todos agradeço a simpatia com que me receberam e o carinho com que me perguntavam pelo Brito. Agradeço ao Joaquim Adelino e ao Fernando Andrade a disponibilidade que tiveram para organizar tudo de forma tão perfeita, assim fica o patamar cada vez mais alto e difícil de superar nos próximos encontros.
Um Bem-haja a Todos e que venha o próximo encontro.
O próximo encontro será em Constância, e o "voluntário" para a sua organização foi o Nuno Romão.

II Meia Maratona da Areia – Costa da Caparica

Quanto à Meia Maratona da Areia gostei muito, ia com bastante receio pois a Areia não me é nada favorável e até me assusta bastante mas acabou por correr bem perante as minhas expectativas, pensava que não conseguiria correr a prova toda, e tinha também a ideia que fosse mais monótona, mas não a paisagem à nossa volta é um espectáculo. O tempo passa muito bem, quando damos por nós já estamos no retorno, que era a parte mais complicada, pois tinha alguma inclinação, era também quando nos cruzávamos com outros atletas e as ondas vinham ter connosco embora fosse agradável a água fresquinha, a areia que ia ficando dentro das sapatilhas é que não era nada fixe!
Parti com a minha amiga Joana tinha-lhe dito que a acompanharia durante toda a prova pois queria me poupar o mais possível para a jornada do próximo fim-de-semana (Geira Romana) e não queria ficar muito massacrada dos músculos pois demoro a recuperar.
Tivemos a companhia do Renato Cruz e outro amigo no início do percurso, nos primeiros 1ºs kms disse-nos que corríamos por volta dos 6’ por km, esse andamento para mim estava bom.
Aos 14 kms a minha companheira Joana disse me que teria que se ausentar pois tinha que ir visitar as Dunas… para eu seguir, foi o que fiz, nessa altura o Renato ia um bocado mais à frente e lá fui tentando apanhá-lo, até o alcançar fui passando alguns atletas.
Sentia-me bem quando o alcancei e ao seu grupo, ele disse-me que tinha esgotado as energias que já ia na reserva. Fui seguindo e passado algum tempo aproximou-se um atleta que me disse que vinha da parte do Renato com a missão de me ajudar a apanhar as duas atletas femininas que seguiam um bocado à frente. Queixei-me e disse que já ia toda rota e era verdade pois para apanhar o Renato tive que lhe dar. Apanhar um atleta na areia é mais desgastante que na estrada, mas lá fui com ele a fazer de lebre, conversámos um pouco e disse-me que também irá fazer a Geira Romana na próxima semana e a Freita em Junho, com a conversa a fluir nem dei pelos kms a passar e já íamos no último km, mas ainda houve tempo de alcançar as atletas que iam à nossa frente. Conversámos com elas e até nos conseguirmos descolar um pouquinho, entretanto ainda fomos alcançar outra atleta feminina e chegávamos à parte mais difícil que eram os últimos 150 metros em que a areia é mole e nos enterramos até ao calcanhares, só me dava vontade de lá ficar e não me mexer mais!
Mas lá me enchi de coragem e cruzei o pórtico da meta com mais outra Meia Maratona feita com 2h13.06, 5ª Vet. feminina o tempo é mau mas a experiencia que fica é muito boa! Recomendo!
Encontrei logo o Fernando Farinha que tinha feito uma prova fantástica em 1h39, fomos para as massagens que foram para mim muito “Boas” para o Fernando e para a Joana que entretanto estava a chegar com 1h21,20 (foi rápida nas Dunas) as massagens foram “Fantásticas” cada um tem o que merece.
No final já estávamos no restaurante quando soubemos que a equipa feminina das Cyberruners constituída pela Susana Adelino, EU e a Joana tínhamos ficado em 1º lugar por equipas.
A Susana Adelino obteve o1º lugar da geral e também do escalão sénior, Parabéns Susana! A equipa dos “Cyberruners” está de parabéns pois conseguiu também o 2º lugar da geral e do escalão sénior em masculinos com o atleta Nuno Romão, e outros pódios nos vários escalões, é uma equipa para ter em conta no futuro.
O 3º lugar foi para o Hélder Ferreira do União de Tomar com quem tive o prazer de conversar antes da prova e que mais uma vez me disse que tinha “Adorado” fazer os Trilhos do Almourol o que me deixou muito embevecida e que também irá participar na Geira Romana na próxima semana.
Felicito a equipa do mundodacorrida pois está de parabéns pela sua excelente organização, os Dorsais personalizados, os abastecimentos, a equipa sempre bem disposta e apoiando os atletas durante a prova, por mim correu tudo 5 estrelas.

Otília

segunda-feira, 10 de maio de 2010

6ª Corrida das Pontes – Coruche

Mais um domingo, mais uma prova esta pequenina apenas 10 kms!
Dizem que as provas de 10 km se fazem muito bem, mas não é assim tão fácil!
Se por um lado a distancia é curta as expectativas da maior parte dos atletas aumentam. Principalmente porque esta prova sendo plana os tempos tornam-se mais prováveis de alcançar!
Mas apenas para aqueles que “lutam” a sério.
Não é o meu caso embora deseje bater os meus tempos falta-me o espírito de sacrifício que alguns atletas têm e também alguns treinos específicos que eu dispenso (cansam muito). E quando o cansaço aperta eu prefiro abrandar e dar-me por satisfeita pelo pouco que vou conseguindo fazer.
Foi o que aconteceu mais uma vez!
As minhas expectativas eram não passar os 50’ nos 10 km e não foram defraudadas, mas eu sei que conseguia um pouquinho melhor…………………
Fica para a próxima!
Parti um bocadinho rápido demais fiz o 1º km em 4’45 o que foi demais (eh,eh,eh) para os treinos e provas longas que tenho feito nestes últimos meses, consegui correr até ao 6º km a menos de 5’ por km mas o 7º e 8º passei para os 5,15 (foram a pedra na sapatilha) deixei fugir o meu colega de equipa o Vítor Silva e faltou-me aqui o espírito de sacrifício que vi no rosto de alguns atletas ao cruzarem-se comigo nos retornos, depois consegui recuperar e fiz o 9º em 5,06 e o 10 º km em 4,47, tempo final no meu relógio 49,17 (chip 49,26).
Foi Bom para quem treina a molengar embora sejam treinos mais longos!
Mas o maior prazer é encontrar mais uma vez muitas caras amigas!
O Atletismo é um desporto maravilhoso que ajuda a engrandecer a AMIZADE.
Agradeço as palavras de incentivo e de carinho que me foram dadas durante e no fim da prova, e á Isabel e á Vitória por estarem sempre no local certo para a reportagem fotográfica para mais tarde recordar.
Agora vem ai a Meia da AREIA na Costa da Caparica (até me arrepia só de escrever o nome) a melhor parte será o almoço com muitos atletas e blogguistas, espero chegar a tempo do almoço!
E depois a Geira Romana é por ELA que o meu Coração e as minhas Pernas (e o resto do corpo) Anseiam, “matar” saudades daqueles caminhos maravilhosos já percorridos por tantas gentes, ir correndo com calma e caminhando quando é preciso, inventando histórias, possíveis ou não!
Sem me preocupar em bater tempos, Aproveitando o máximo possível!
Essa é daquelas que nunca esquecemos, Fica para Sempre!
Otília

domingo, 9 de maio de 2010

6ª Corrida das Pontes

Hoje participei na 6ª edição da corrida das pontes, confesso que tinha como objectivo para esta prova correr os 10 km em menos de 40 minutos, mas os treinos das ultimas semanas tem sido bastante longos e a ritmos mais modestos pelo que senti bastante falta de ritmo e acabei por fazer 40'19'' (40,15'' para os 10.020 metros no Garmin).
A viagem para Coruche fez-se debaixo de um dilúvio, mas nos momentos que antecederam a partida a chuva parou e durante toda a prova as condições foram as ideais (talves um pouco de humidade a mais). O CLAC - Entroncamento estava em força, na linha da partida tinhamos 17 atletas dispostos a dar o melhor, a prova deste ano teve um percurso diferente (confesso que gostei mais do circuito do ano passado) mas continua praticamente plano, as rectas são bastante longas e provavelmente por estar habituado a fazer provas em trilhos senti alguma monotonia na corrida.
Parti na companhia do companheiro de equipa Marçal, que também tinha como objectivo baixar dos 40' aos 10km, mas após o km inicial em 3'45'' tive de reduzir o ritmo e optar por ritmos mais lentos, o 2º km foi percorrido em 3'49'' e o 3º km em 3'57''.

O ritmo agora estava mais confortável, realizei o retorno (o qual não tinha controlo) e agora a corrida fazia-se em sentido contrário, 4º km corrido em 4'01'' e 0 5º km em 4'03, passagem pela zona da meta e início da segunda volta num percurso diferente.

No início da 2ª volta senti que continuava a quebrar o andamento, o Marçal e o Luís Rei seguiam ligeiramente à minha frente, mas eu não conseguia chegar lá. Um pouco depois chega ao meu lado o Fernando Farinha, corremos algum tempo lado a lado mas o 6º km foi ainda mais lento 4'06'', digo ao Farinha para seguir e tentar chegar à frente junto dos colegas Marçal e Rei pois sentia que o meu andamento continuava a quebrar, 7º km em 4´11''. A prova seguia em direcção ao segundo retorno (este sim com controlo de chip) e no regresso senti que estava na hora de arriscar, tento forçar um pouco mas o vento estava de frente e a recta era enorme, 8º km em 4'05'', 9º km em 4'07'', entramos em Coruche e já cheira a meta, consulto o cronómetro e vejo que estou no minuto 39, forço ainda mais e corro o último km em 3'59''.

No final a registar para mim um novo record pessoal nesta 2ª encarnação, com 40'19 para os 10km, conseguindo ficar em 81º lugar da geral (24º veterano 1).
A Otília conseguiu também um novo record pessoal com 49'26'', alcançando o 270º lugar da geral (8ª veterana).
No final ainda tempo para rolar um pouco junto às margens do rio Sorraia, afluente do Tejo.

Agradecimento especial à Isabel pelas fotos



Nota: Um aspecto que penso ser possível de melhorar nas edições seguintes, não se compreende que as t-shirts sejam de tamanhos L e XL, pois a maioria dos atletas é ectomorfo e mesomorfo. Também não se compreende a fila para entrega do saco, quando poderia ser entregue no final do funil de chegada aquando da entrega do chip.

sábado, 1 de maio de 2010