quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

1º Trilho dos Abutres

Já passou algum tempo mas não queria deixar de comentar a minha participação no 1º Trilho dos Abutres.

Foi no passado dia 22 de Novembro, que a comitiva CLAC apontou a bússola para a localidade Miranda do Corvo. Era uma prova muito esperada pois já conheciamos alguns locais de passagem e com os Abutres a prepararem o caminho já sabiamos que a coisa iria ser de nível, e não nos enganámos.

Depois de uma semana sem ter treinado devido a uma entorse com rotura do ligamento peróneo astragalino (feito na laminha), encarei esta prova com bastantes cautelas. Primeiro optei por fazer uma ligadura funcional na articulação tibio-társica e depois tentei manter um andamento sem correr grandes riscos.

O dia estava de soalheiro, mas a temperatura era baixa, após um curto aquecimento, lá nos dirigimos para o local de partida, no local encontrámos várias caras conhecidas, tudo com boa disposição.
A partida foi dada, saída calma em peregrinação ao Cristo Rei local, subida da escadaria em ritmo de passo, a descida foi um pouco mais rápida, junto a mim vai o Mário, meu colega de clube. Passagem pelo parque e ainda tivemos tempo de cruzar com o Vitorino que nos questiona se tudo está a correr bem e em seguida nos diz que a prova iria começar agora com um trilho lamacento.
O pé vai aguentando os kms iniciais e na companhia do Mário lá vamos progredindo, pouco depois já estácvamos no 1º abastecimento, estranhei começar a ver pessoas que tinha ultrapassado no início da prova, percebi depois que tinha havido atletas que se tinham enganado....
Nesse abastecimento encontro outro atleta do CLAC, o Marçal que também se tinha enganado, mas este, ao contrário de muitos, tinha perdido posições (pois na partida fugiu-me logo).

Abastecimento tomado e lá fomos os três, os trilhos começaram a subir, ainda houve tempo para passar pela barragem e entrar no parque das Mestrinhas, local bastante bonito e onde foi montado o 2º abastecimento.




 Pequena paragem para carregar baterias e somos informados que a parte mais difícil estava para vir. Parti confiante, mas pouco depois de abandonar o abastecimento deixa de haver árvores e o vento forte começa a fazer-se sentir, a subida também não ajuda e a temperatura de 2 negativos deixa-me completamente congelado, a meio da subida lá está o Vitorino a dar uma ajuda, dizendo que depois das eólicas é sempre a descer.
No percurso da subida vou seguindo no meu ritmo e pouco a pouco vou "fugindo" dos meus colegar de clube, no topo da serra o percurso segue pela pista de Down will, para começar bem tropeço e parecia que estava a mergular para a piscina (parecia o vitorino na Freita no início do trilho dos Incas), ainda pensei que fosse uma armadilha montada para Vitor Laminha, mas como ele vinha a fazer de vassoura....
Rapidamente me levantei e continuei, o piso é bastante técnico e traiçoeiro, pois algumas pedras estão tapadas com folhas, opto por seguir mais lento e já dentro de Gondramaz sou novamente alcançado pelo José Marçal e pelo Mário Salgueiro.
Entrada no percurso de Gondramaz que eu já conhecia de dois treinos que fiz de preparação para a Freita edição de 2010, logo na primeira descida senti alguma tensão muscular na zona dos quadricipedes, o Marçal pede para passar e lá vai ele, eu e o Mário optámos por seguir mais lento, fomos correndo em ritmo controlado, passando pela parte mais bonita de todo o percurso e que nos iria levar até ao TiPatamar, local onde estava montado o 3º abastecimento.
Já faltava muito pouco, o piso agora era menos técnico e menos inclinado, mas as forças também já não eram muitas, tinha conseguido correr até ali sem sentir dores no pé o que era inimaginável a meio da semana anterior, nos metros finais já dentro da povoação cruzamo-nos com os caminheiros do CLAC.

Foi um momento de festa, estava bastante contente por ter tido a companhia do Mário e por estar a terminar mais uma prova que acabou por ter 31kms.
Resultado final 49º lugar da geral com o tempo de 3h53:23 (17º Vet m40)



A Otília também esteve presente no 1º trilho dos Abutres e fez grande parte da prova na companhia dos amigos Jorge e Sandra Santos, terminando os três juntos. 

Fez uma excelente prova conseguindo terminar em 131º lugar da geral com 4h50:55 (5ª Vet F).

No final um super abastecimento, onde não faltava a música do Gaiteiros e a animação dos Abutres

Resultados completos

3 comentários:

António Almeida disse...

Brito e Otília
fico feliz por ver que voltaram a "postar", numa altura em que a blogosfera corredora está a modos que estagnada é muito bom continuar a contar com este vosso/nosso espaço sempre com relatos tão interessantes.
Abutres, Sevilha, é sempre um grande prazer partilhar a vossa companhia e amizade.
Abraço aos 2.

Unknown disse...

Acho que já tinha dado os parabéns pelo trilho.
E também pela Maratona em Sevilha:-)

Para quando o vosso relato?

Parabéns a toda a equipa do CLAC.

Beijinhos

Paula Pinto disse...

opss...

o comentário anterior era meu:-))

Ana Paula Pinto