Após uma rápida viagem chegámos pelas 8h00 ao local da partida (O largo do mercado), fomos levantar os dorsais e começámos a encontrar alguns amigos destas aventuras, o primeiro foi o Fernando Homem, depois o Aníbal Godinho e o José Magro, devido à nossa inexperiência neste tipo de competições procurámos obter algumas informações sobre os ritmos de prova e qual as melhores sapatilhas para realizar o percurso.
Em seguida fomos preparar as nossas coisas, pois a partida estava marcada para as 9h00 e o tempo já era pouco.
As dúvida no entanto mantinha-se “levo calções curtos ou os de Lycra”, “vou de alças ou de manga comprida”, “Levo sapatilhas de estrada ou as de treino”, olhámos em redor e percebemos que as rotinas de preparação dos atletas que se encontravam junto a nós denotavam que era malta já habituada a estas andanças por isso vamos fazer como eles…
Depois de devidamente preparados optámos por fazer um aquecimento bastante reduzido, pois os 28km de sobe e desce certamente dariam para aquecer.
Após a partida lá fomos todos para esta nova aventura “Os Trilhos do Pastor”, o ritmo era lento e havia os habituais comentários entre amigos “hoje vou-te ganhar”, “vamos ver quem chega primeiro à feijoada”, “se não fico à frente da Célia volto a lavar a loiça”, etc...
A estrada era estreita e o grupo ia compacto, o José Magro ia logo a nossa frente, quando chegámos à entrada das Grutas da Moeda já os primeiros tinham saído, ainda nos cruzámos com o Aníbal Godinho e o Fernando Homem.
A “visita” às grutas foi em forma de passeio acelerado, a temperatura era mais agradável que a exterior, mas depois de 350 metros subterrâneos, lá nos fizemos à estrada novamente, pouco depois primeiro erro de navegação…
O grupo que ia à nossa frente vinha em sentido oposto “não é por aqui”, “não há fitas de sinalização”, no entanto o grupo onde estávamos optou por seguir a estrada, em vez de voltar para trás (tomámos a opção errada), mais à frente lá houve uma alma que nos indicou o caminho correcto, quando voltámos à corrida já estávamos na cauda do pelotão.
Achado o trilho lá vamos nós para os moinhos, no entanto os caminheiros já estavam também no mesmo percurso, o que dificultou a nossa corrida.





























No final conseguimos completar os 28km em 3h42 (não oficiais), hora de tomar banho e seguir para o almoço.
Aqui vem a parte menos positiva do evento, a sala para as refeições era pequena o que não permitia que os atletas almoçassem todos ao mesmo tempo, depois nova falha a comida faltou (e nós ainda na fila), após alguns minutos de espera lá arranjaram comida, mas mesmo assim não chegou para todos.
Durante o almoço ainda tive tempo para conversar com o vencedor da prova o Alcino Serra, meu companheiro de clube quando representei o União de Tomar. Falámos das marcações, dos meus enganos, das fotos que tirei, se ele tinha visto a vista do Reguengo e a Pia da Ursa, se tinha conseguido correr na última subida e a resposta foi à Alcino Serras, simples e directa “estava bem marcado”, “tem que se correr com atenção ás marcas”, sobre as paisagens “não vi nada disso”, se tinha corrido na última subida “Foi sempre a correr”, “só não corri na zona das cordas”… uma coisa é certa para quem faz 2h07 o ritmo não é de passeio, sobre as minhas fotos o Alcino apenas abanou a cabeça… :D
Abandonámos S. Mamede pelas 16h00 e ainda havia quem não tivesse almoçado e a entrega de prémios ainda não tinha sido feita (aspecto a rever pela organização)
Hoje estamos com dores de pernas no entanto foi uma experiência agradável que esperamos repetir, em Junho há as Aldeias do Xisto na Lousã…
JCBrito