Os EntroncamentoRunners
deslocaram-se no passado Domingo, 16 de Outubro, à Vila de Maiorca, concelho de
Figueira da Foz para participar mais uma vez no RedCross Trail, prova na vertente de Trail organizada pela
delegação da Cruz Vermelha local.
Este ano o evento apresentou duas distâncias, uma de
21 km (K21) e a prova principal na distância de 42 km (K42), ambas com partida
no areal da praia de Quiaios e términus junto ao moinho de vento no Parque do
Lago em Maiorca.
O dia amanheceu com chuva, e até pouco antes da
partida parecia que tinha vindo para ficar, mas pelas 9h30 houve uma paragem
que foi aproveitada pela organização para dar a “buzinadela” de partida.
A centena de atletas presentes percorreram um
quilómetro inicial no areal e em seguida iniciaram a subida que os levou ao estradão que
estava bastante enlameado, nesta fase inicial o peso das sapatilhas era enorme devido ao barro agarrado o que dificultava a
progressão.
Na parte inicial ainda tive a oportunidade de trocar
algumas palavras com o Tiago Dionísio sobre a data dos “Trilhos do Almourol”, segundo ele em princípio em 2013 lá estará novamente. Obrigado Tiago pela confiança.
Depois de muito subir deixámos o estradão, nesse
momento vou correndo na companhia dos amigos Vitorino Coragem, Aníbal Godinho,
Carlos Sousa e Ana Grosnik, os trilhos não muito técnicos, mas temos de ter
atenção devido à lama.
Passagem rápida pelo primeiro ponto de abastecimento e
toca a correr, pouco depois algumas dúvidas num trilho que apresentava poucas
fitas, mas optámos por seguir em frente e em seguida começámos a ver atletas
vindos da nossa esquerda, pensámos que eles se tinham enganado e que tinham
cortado caminho (ou então nós tínhamo-nos enganado e percorrido alguns kms a
mais), mas afinal não, nessa altura as duas provas (K42 e K21) utilizam o mesmo
trilho. Na altura ficámos confusos, pois não sabíamos se estávamos enganados,
mas lá seguimos corremos junto dos atletas que partiram 30 minutos depois,
nessa altura tinhamos cerca de 12 km corridos e os do K21 estavam no 6º km.
O trilho tem uma vista espetacular sobre o mar, mas
não nos podemos distrair, pouco depois já estamos no miradouro da “Bandeira”,
em seguida entramos num estradão a descer que deu para ultrapassar muita gente.
Viragem à esquerda e um novo trilho com mais lama, foi
necessário seguir com calma e com a ajuda das mãos agarrando algumas árvores
para não cair, sigo agora atrás dum grupo de atletas do K21 onde se encontra o
meu colega João Dias, na primeira oportunidade (numa subida) ultrapasso-o e
sigo em direção às eólicas.
Ao ver o fotógrafo não esqueço a promessa que havia feito à Otília de sorrir.
Ao ver o fotógrafo não esqueço a promessa que havia feito à Otília de sorrir.
Nesta altura opto por seguir num ritmo não muito
forte, sabia que ainda faltava muito e como na semana anterior tinha tido um grande
“empeno” na Serra De Arga tinha que ter calma.
Passagem pelo segundo ponto de abastecimento e ainda
vou a tempo de ver o Maçarria do Benfica da Figueira da Foz a ser picado por
uma vespa, poucos depois dá-se a separação dos dois percursos (K42 e K21),
seguimos pelo estradão da direita, uns metros mais à frente uma queda do
Maçarria sem consequências e uns kms mais à frente numa viragem à direita
escorrego eu e vou ao chão, não é nada de grave, lavo as mãos numa poça de água
e sigo, mais à frente cerca dos 20 km nova queda do Maçarria, aparentemente sem
consequências.
Vou prosseguindo, agora a subir e aos 24 km somos
presenteados por uma vista sobre o rio Mondego que nos faz pensar o porquê de andarmos
metidos nestas corridas.
O percurso não oferece dificuldades, o ritmo de
corrida é controlado, mas ao chegar aos 27 km, aparece-nos uma “parede” com
piso escorregadio. Vou subindo agarrando a vegetação rasteira de forma a não
cair para trás, a inclinação é brutal, mas a maior dificuldade é mesmo o piso.
Ao chegarmos ao topo temos o terceiro posto de
abastecimento, nesse momento sou alcançado pelo Aníbal Godinho, que abastece e
segue, eu demoro um pouco mais no abastecimento e parto no seu encalce,
passamos a povoação de Vila Verde e entramos num trilho que sobe ligeiramente.
As maiores dificuldades já tinham sido passadas, agora era gerir até ao final,
mantendo um bom ritmo para terminar esta aventura.
Mesmo no final ainda tivemos a companhia da chuva, uma
passagem por um túnel ferroviário abandonado e pelo último posto de
abastecimento.
Após 4h46:08 de corrida, e 42 km nas pernas cortei a
linha de meta no 21º lugar, desta vez com um sorriso na cara, para compensar a foto da chegada na Serra de Arga.
A Otília chegou mais uma vez com um sorriso que até faz pensar que isto é fácil. Terminou em 64º lugar, na companhia do
colega Felício, com 5h53:49.
Resta-me dar os parabéns à organização, em especial ao
amigo Jorge Freitas, pelo trabalho desenvolvido.
Na minha opinião uma prova não muito difícil (a manter neste nível) em que o percurso
deste ano é muito mais interessante.
Saudações Trailianas
1 comentário:
Muitos parabéns aos dois pela excelente prova realizada e pelos sorrisos no final. No fundo, o mais importante é o prazer de alcançar o objectivo!
abraço
MPaiva
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