Hoje foi dia dos Entroncamentorunners se deslocarem até a Janes para realizar a prova dos “13kms do Guincho – Entre a Serra e Mar”.
Saímos pelas 7h00 da manhã, na companhia da Joana, colega de treinos que conseguimos convencer na última semana a fazer esta prova. Chegámos cedo, com tempo para estacionar, levantar dorsais, beber um cafezinho e visitar as instalações da Sociedade de Instrução e Recreio Janes e Malveira.
Pouco a pouco começaram a chegar os atletas, com caras bem conhecidas destas andanças, deram-se início os rituais pré-competitivos e nos momentos que antecederam a partida ainda tivemos tempo para trocar algumas palavras com a sempre simpática Analice Silva que nas últimas duas semanas participou nos “Caminhos de Santiago” e na “Maratona Carlos Lopes”!!!!, com a Cecília e a sua futura Maratona em Edimburgo, a Paula Fernandes e o Joaquim Mónica com os seus filhotes.
A prova teve a partida às 10h30m, frente à sede da Sociedade de Instrução e Recreio Janes e Malveira e após o sinal percorremos alguns metros em piso de asfalto, em direcção a Alcabideche, virámos à direita e descemos por um caminho rural, tentei nesta altura entrar num grupo, mas a única referencia era a Paula Fernades, pouco depois entrámos numa linha de água e corremos durante algum tempo, passámos por baixo da estrada num aqueduto (sorte que não levava água) que estava iluminado por tochas e subimos umas escadas improvisadas, subimos ainda um topo para voltar a descer logo a seguir, finalmente veio uma parte em estradão que nos levou em direcção ao pinhal, onde estava o primeiro posto de abastecimento e à praia do Guincho.
Devido a ter partido e realizado a primeira parte da prova demasiado rápido, percebi ao entrar no areal que tinha de diminuir o ritmo (pois isto não é uma prova de estrada) a areia estava solta e comecei a ter algumas dificuldades em correr o percurso de cerca de 500 metros.
Vencido o percurso de areia, sempre em corrida, cheguei as escadas de acesso aos trilhos que me levariam até ao Forte do Guincho, ai sinto a necessidade de passar da corrida à marcha, pois as pernas pesavam uma tonelada, pouco depois recomeço a corrida pelos trilhos pedestres traçados ao longo da falésia, sempre com a preocupação de evitar alguma queda, pouco depois o trilho passa a ter mais vegetação e a inclinação começa a sentir-se, nessa altura a Paula passa por mim, percebo que tenho de manter a marcha e observo-a a afastar-se.
Vou tentando recuperar o folgo a cada passo e vou intercalando corrida com marcha rápida, aproximo-me da povoação do Arneiro, a inclinação aumenta e as dificuldades também, cruzo a EN 247, e pouco depois está o segundo abastecimento a dar início a uma subida que nunca mais acabava até ao Cabeço do Vento e com uma inclinação que pensei não existir (só mesmo que lá passou é que sabe o que estou a falar).
Olho em volta e percebo que todos se debatem com as mesmas dificuldades, tento colocar as mãos nos joelhos e inclinar o tronco à frente para facilitar a subida, mas não sinto que tenha resultado….
Chego ao fim da subida e penso que já não consigo correr mais, mas afinal sempre consegui, segue-se depois um percurso de sobe e desce que vou realizando em corrida, passo a marca dos 10km com 56 minutos e pouco depois viro à direita e início a descida com uma velocidade bastante elevada, numa zona muito bonita mas com um piso algo perigoso (escorregadio) vejo à minha frente um atleta que me pareceu familiar (apenas pelas fotos do fórum do mundo da corrida) aproximo-me e questiono-o se ele é o Lacerda, ao que ele responde que sim, então estava encontrada a companhia para os últimos 2kms.
Recordo-me do Lacerda a passar por mim poucos minutos antes, na tal subida de doidos e ter dito “ e se tivéssemos sentados no sofá a ver televisão” ao que outro colega da altura responde “é pá isto é mesmo de doidos, mas para o ano estamos cá outra vez” e é isso tudo Lacerda correr é bem melhor que estar no sofá e para o ano espero marcar presença novamente.
Esta parte final é bastante rápida e com conversa passou num instante, durante o período em que tive a companhia do Lacerda ainda deu para conversar, sobre a Geira, mas a meta estava à vista e apenas deu para parar o cronómetro no final com o tempo de 1h07,30.
Entro no funil, recebo o saco com as ofertas, confirmo o tamanho da t-shirt e inverto o sentido de corrida até ao km 12, para ai ficar a puxar pelos restantes participantes e claro pela minha Otília, que passados alguns minutos aparece com um sorriso de fazer inveja, retomo a corrida e acompanho-a durante a parte final para cruzar a meta em 1h22, 35.
No final, como não tinhamos marcado almoço, assistimos á entrega de prémios, tendo a Otília recebido o medalhão de 9ª classificada das veteranas 1, aguardámos ainda pelo sorteio de material SALOMON e regressámos a casa sem nada, durante a viagem o tema de conversa foi obrigatoriamente a prova e as sensações vividas.
No próximo ano espero voltar.
Resultados
JCBrito